No próximo dia 29 de setembro será comemorado o Dia Mundial
do Coração. A data foi instituída como forma de alertar a população do planeta
sobre a prevenção de doenças que afetam o órgão. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças
cardiovasculares são atualmente a principal causa de mortes no Brasil. Entre
2004 e 2013, causaram mais de três milhões de óbitos, equivalente a uma morte a
cada 40 segundos. A condição é responsável pelo dobro de mortes se comparada a
todos os tipos de câncer, duas vezes mais que causas externas como acidentes e
violência, três vezes mais que as doenças respiratórias e seis vezes mais que
infecções crônicas como a AIDS. A Sociedade Brasileira de Cardiologia
disponibilizou dados no portal Cardiômetro os quais revelam que somente em
2016, já foram registradas mais de 240 mil mortes por doenças cardiovasculares
no Brasil – 18 mil 386 somente no mês de setembro de 2016 – até o fechamento
desta matéria.
Doenças cardiovasculares são condições que
afetam o sistema circulatório, os vasos sanguíneos e o coração. Existem
diferentes tipos e, entre as mais comuns, estão a hipertensão arterial, o
enfarte do miocárdio, a angina pectoris e as arritmias cardíacas.
Prevenção e tratamento adequados podem ajudar a reverter essa grave situação,
conforme explica Humberto Freitas, cardiologista da Rede de Hospitais São
Camilo de São Paulo. “Embora fatores não
modificáveis, como predisposição genética, contribuam para a ocorrência de
doenças cardíacas, essas estatísticas podem ser explicadas principalmente pelos
maus hábitos de vida da população, como alimentação não balanceada,
sedentarismo, sobrepeso e tabagismo”.
Os fatores de risco para doenças
cardiovasculares podem ser divididos em três categorias, segundo o
especialista: condições médicas, estilo de vida e fatores hereditários.
Classificam-se como condições médicas problemas como colesterol, pressão alta,
diabetes e outros. No caso do estilo de vida, se enquadram hábitos como
tabagismo, sedentarismo, alimentação desbalanceada, obesidade, estresse e
alcoolismo. Já os fatores hereditários, são condições genéticas herdadas de
familiares, que podem interferir na condição cardiovascular do indivíduo. Não
adotar hábitos considerados fatores de risco, citados acima, é uma das formas
de evitar o desenvolvimento das doenças. “Também é importante estar atento aos antecedentes familiares para
doenças crônicas e ter, como rotina, o acompanhamento médico e, se necessário,
o tratamento via medicamentos e intervenções”, explica o cardiologista. De
acordo com o médico, o check-up é a melhor maneira de identificar e tratar
problemas cardiovasculares e pode ser realizado por todos, independentemente da
faixa etária e gênero.
“Os
exames preventivos devem ser solicitados de acordo com a necessidade de cada
paciente. Os mais comuns são o eletrocardiograma (ECG), ecocardiograma, exames
laboratoriais, teste de esforço e tomografia do coração”. A condição é
cardiovascular e tem como principal sintoma a irregularidade dos batimentos
cardíacos, sejam acelerados ou muito lentos. É bastante comum no Brasil e afeta
dois milhões de pessoas por ano. Pode não apresentar sintomas que, quando
existem, são: palpitação, dores no peito, desmaios, tonturas e falta de ar. O
tratamento pode incluir medicação específica, procedimentos médicos,
dispositivos implantáveis e cirurgia. Saiba mais clicando aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário