quarta-feira, 3 de maio de 2017

Greve por tempo indeterminado interrompe atendimento ao público na agência dos Correios em Assú

Os funcionários da agência dos Correios em Assú aderiram a paralisação grevista deflagrada na última semana de abril pela categoria em todo o território nacional. Por essa razão os serviços prestados pela estatal estão em sua maioria fora de operação. A única atividade que está sendo executada é a entrega de correspondências.
Na unidade de Assú o setor de atendimento está 100% paralisado e dos 07 carteiros que nós temos, dois aderiram a paralização e dois permanecem dando prioridade a [entrega] de objetos de urgência”, relatou Lucileudo Fernandes da Silva que trabalha na agencia dos Correios em Assú.
Ele acrescentou que outros serviços não estão sendo realizados em razão do pouco efetivo da agência que diminuiu ainda mais em razão da adesão ao movimento paredista. Para ilustrar sua afirmação Lucileudo Fernandes disse que os Correios em Assú, tem apenas sete carteiros para atender a demanda de toda a cidade e bairros como Meus Amores, Irmã Lindalva, Lagoa do Ferreiro e Parte do Feliz Assú entre outros não são cobertos em razão do pouco efetivo.
A contratação de mais funcionários está na pauta de reivindicações da categoria que ainda inclui outros pontos a não privatização da estatal, e o fechamento de mais de 200 unidades dos Correios no Brasil sendo sete no Rio Grande do Norte nas cidades de Natal e Mossoró.
Por meio de nota os Correios no Rio Grande do Norte, informam, que a sua direção tentou novamente, na manhã desta quarta-feira, (ontem) um acordo com as representações sindicais dos trabalhadores para encerrar a paralisação parcial iniciada às 22h do dia 26 de abril. A demonstração de boa vontade por parte da empresa ocorreu mesmo após a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) ter bloqueado o acesso ao edifício-sede da empresa em Brasília (DF), impedindo os empregados que não concordam com paralisação de exercer seus direitos e arriscando a própria reunião, que já estava agendada desde o dia 02.
A empresa já havia apresentado uma proposta no dia 1º de maio, fruto de intensa negociação com as federações representantes dos trabalhadores.
Na reunião desta quarta-feira, o presidente dos Correios, Guilherme Campos, informou que uma nova proposta só poderia ser implementada caso houvesse envolvimento de todas as partes.
Até o momento, somente a empresa tem feito novas propostas. Uma nova proposição deverá ser construída a quatro mãos, com a participação de todos, empresa e sindicatos”, afirmou o dirigente.
Cabe ressaltar que a empresa sempre esteve disposta a conversar com as representações dos trabalhadores e que, embora representantes dos Correios tenham permanecido à disposição para o diálogo, os sindicatos abandonaram a reunião, demonstrando claramente a falta de disposição em negociar.
A estatal afirma que não quer entrar em conflito com os trabalhadores, em hipótese alguma, está buscando alternativas para sair dessa situação, e tudo que pode ser realizado nas esferas gerencial e administrativa está sendo feito. Entretanto, não assumirá compromissos que não podem ser cumpridos.
A paralisação apenas torna mais grave a atual situação financeira dos Correios — nos últimos dois anos, a empresa apresentou prejuízos que somam, aproximadamente, 4 bilhões de reais, sendo que 65% desse total correspondem a despesas de pessoal. Até o momento, a paralisação, ainda que parcial, acarreta um potencial de perda de aproximadamente 6,5 milhões de reais, por dia, aos cofres da estatal. A nota finaliza afirmando que a atitude dos sindicatos compromete a qualidade dos serviços prestados aos clientes e à população brasileira e prejudica ainda mais o processo de recuperação dos Correios. 

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