quarta-feira, 21 de março de 2018

Nos dois primeiros meses do ano exportação de mangas do Vale do Açu para a Rússia renderam mais 105 mil dólares

A tradição na produção e exportação de frutas tropicais do Rio Grande do Norte para a Europa está ampliando as fronteiras neste início do ano: as mangas do Vale do Açu já são exportadas para a Rússia, confirmando a tendência de expansão verificada no ano passado. Somente nos dois primeiros meses de 2018 já foram comercializados 105,3 mil dólares em mangas, enquanto ao longo de todo o ano 2017 o total exportado foi de 184,2 mil. O Rio Grande do Norte já ensaiou as exportações de algumas frutas, tais como mamão, melancia e banana em 2016 para o país-sede da próxima Copa do Mundo de futebol, mas parece ter encontrado com a venda de mangas um bom nicho de mercado comprador. O Brasil é o maior fornecedor de manga para a Rússia, considerada naquele país como a mais popular das frutas exóticas. Informação presente no site oficial da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte, observa que o mercado de frutas na Rússia é bastante promissor para os exportadores visto que as condições climáticas não favorecem a produção local. Atualmente, o país importa cerca de 70% das frutas consumidas, de acordo com pesquisa de mercado realizada pela Apex Brasil. Outra vantagem identificada neste novo mercado é que há empresas russas especializadas em importar produtos para redistribuí-los para países próximos, tais a Bielorússia ou a Ucrânia. Com isto, a venda de frutas para as empresas russas pode tornar-se uma porta de entrada para outros mercados da região. Atualmente as exportações são realizadas pela Finoagro empresa do grupo Vicunha, sediada em Ipanguaçu, e com ampla tradição no mercado internacional da fruticultura. A empresa foi criada em 1986 com o nome Finobrasa, com foco no plantio de algodão e começou a produzir frutas para o mercado externo somente em 1998, se especializando no segmento. Segundo o gerente de operações da Finoagro, Max de Aquino, o problema é que a Rússia demanda maiores desafios, tanto culturais como logísticos. Segundo o empresário, a logística, feita por meio marítimo, é suficiente, porém, não é a ideal, devido à demora no transporte. A participação da empresa na maior feira de frutas do mundo, a Fruitlogistic, em Berlim, ampliou a expectativa de novos negócios, mas, que esbarram em entraves alfandegários para a realização de exportações em volumes mais expressivos. Na avaliação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o aumento das exportações de frutas para novos destinos, como a Rússia, contribuirá para a manutenção do saldo positivo da balança comercial do Rio Grande do Norte, afetado com as recentes restrições ao Brasil para a exportação de pescados.

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