Numa entrevista que concedeu na última semana dentro do
programa ‘Panorama do Vale’, o biólogo do Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade, ICMBio, Mauro Guimarães, gestor da Floresta Nacional (FLONA),
localizada em Assú, emitiu seu ponto de vista sobre a forma como a prefeitura
do Assú permitiu a ocupação de espaços públicos – praças e canteiros – por
empreendimentos comerciais.
“Esses canteiros
centrais têm o papel de direcionar os ventos, harmonizar a cidade, causar
sombra e bem estar para a população, melhorar o clima, evitar as ilhas de
calor. Em Assú, no ano passado no mês de setembro foi aprovada uma lei que
autoriza a construção de 22 quiosques nos canteiros centrais. Quando vi isso
tomei um susto muito grande. Alguns desses quiosques foram construídos e outros
foram embargados, algumas pessoas sentiram essa agressão e entraram com ação na
justiça. Agora, em outros locais como em frente a universidade foram construídos
e outros quiosques na praça em frente a Caixa Econômica Federal foram construídos.
Do ponto de vista urbanístico é um desastre. Não precisa ser especialista. Os
quiosques têm cerca de 70 metros quadrados e não sobrou área para as pessoas
andarem no canteiro central. Todo ocupado por área cimentada e por quiosques.
Isso é um absurdo”, opinou.
Na interpretação do biólogo, a atitude praticada pela
administração municipal se revela totalmente equivocada e na contramão do que
vem sendo praticado por outras cidades que buscam se desenvolver corretamente.
“O que eu vejo em
Assú hoje é uma falta de amor pela cidade a uma grande prevalência do interesse
privado sobre o interesse público. Isso é uma coisa que se observa andando em
algumas ruas. É mais ou menos o que é a da cultura brasileira. Felizmente
cultura pode ser mudada. Eu acredito que no futuro se a gente resolver
enfrentar a educação de frente e resolver educar a nossa população a gente
possa sair dessa etapa de o meu primeiro e partir para o coletivo primeiro. Uma
vida em cidade, uma vida civil tem que ser pautada pelo respeito as coisas
públicas”, pontou o biólogo.
Fonte: Rádio Princesa do Vale.
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