A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou
nesta quinta-feira (30), o mais recente boletim epidemiológico das arboviroses
no Rio Grande do Norte, referente ao período compreendido entre a Semana
Epidemiológica 1 até a 50, encerrada em 18 de dezembro de 2021. O boletim traz
um panorama do cenário epidemiológico das arboviroses em 2021, comparando os
dados com os registrados em 2020.
No que diz respeito à dengue, foram notificados, até a
Semana Epidemiológica 50, 7.024 casos suspeitos de dengue no RN, dos quais
1.218 foram confirmados, 4.191 casos considerados prováveis, 5.682 descartados
e 1 caso de óbito confirmado. A incidência apresentada foi de 119,51 casos
prováveis por 100.000 habitantes.
Em 2020, no mesmo período, foram notificados 12.472 casos,
sendo confirmados 3.052, descartados 5.682, 6.790 casos prováveis, com uma incidência
de 193,62 casos prováveis por 100.000 habitantes.
Uma comparação entre os mesmos períodos de 2021 e 2020
aponta para uma diminuição no número de notificações em 2021. No entanto, na
semana epidemiológica 33 (agosto), houve mais notificações em 2021 do que no
ano passado.
Em relação à distribuição dos casos notificados, a
incidência de dengue se concentrou nos municípios da V Região de Saúde, com
destaque para São Bento do Trairi, Santa Cruz, São José do Campestre, entre
outros.
Com relação à Chikungunya, foram notificados no RN, até a
Semana Epidemiológica 50, 4.715 casos suspeitos da doença, sendo confirmados
1.679 casos, 134.459 casos considerados prováveis, 960 descartados e nenhum
óbito confirmado. A incidência foi de 134,459 casos prováveis por 100.000
habitantes.
Em 2020, no mesmo período foram notificados 5.297 casos
prováveis, sendo confirmados 3.304, descartados 2.292, com uma incidência de
151,05 casos prováveis por 100.000 habitantes.
Observa-se uma diminuição de notificações de Chikungunya em
2021, em relação ao mesmo período do ano passado. Quanto à distribuição dos
casos ao longo do ano, no início de 2021, as notificações estavam bem abaixo em
relação à quantidade de casos notificados no mesmo período de 2020, porém na
semana epidemiológica 12 e no final deste ano, foram notificados mais casos em
2021 do que em 2020.
Os locais com maior incidência de Chikungunya foram a I, V
e VIII Região de Saúde, especificamente os municípios de Baia Formosa, Jaçanã,
São Bento do Trairi, Santa Cruz, Tangará, Angicos, Ipanguaçu, Serra Caiada, São
José do Campestre, Assú e São Rafael.
Já no que diz respeito à Zika, entre a semana
epidemiológica 1 a 50 de 2021 no RN foram notificados 859 casos suspeitos da
doença, sendo confirmados 202 casos, 474 casos considerados prováveis, 1.011
descartados e nenhum óbito confirmado. A incidência foi de 13,52 casos
prováveis por 100.000 habitantes.
Em 2020, no mesmo período, foram notificados 1514 casos,
sendo confirmados 295, descartados 1.011 e 503 casos prováveis, com uma
incidência de 14,34 casos prováveis por 100.000 habitantes.
O boletim mostra uma redução de notificações de casos de
Zyka, na comparação dos mesmos períodos de 2021 e 2020. Em relação à
distribuição dos casos ao longo do ano, no começo de 2021 houve bem menos
notificações em relação ao mesmo período do ano passado, havendo um pequeno
aumento entre as semanas epidemiológicas 12 e 17, e um crescimento maior nos
últimos dias deste ano.
Os casos de Zika se concentraram nos municípios da I e V
Região de Saúde, especificamente em Coronel Ezequiel (V Região) e Baía Formosa
(I Região de Saúde).
“Os números de todas as arboviroses urbanas notificados
em 2021 no RN foram menores do que em 2020, porém alguns municípios viveram
surtos e epidemias de arboviroses. Essas doenças não deixam de ocorrer, seja
por circulação do vírus, seja pela presença do vetor. As arboviroses acontecem
durante o ano todo, havendo períodos em que observamos uma incidência maior,
devido à sazonalidade da doença. Estamos justamente vivendo esse período agora,
que iniciou em novembro e vai até maio, quando temos maiores temperaturas e
chuvas. No calor, os mosquitos se proliferam mais rápido, como dizem os estudos”,
explicou Silvia Dinara, responsável técnica pelo Programa Estadual de Controle
da Dengue.
Prevenção
Como não há disponíveis vacinas para proteger contra as
arboviroses, a prevenção consiste no combate ao mosquito Aedes aegypti,
transmissor das arboviroses.
“Para os gestores municipais, orientamos que busquem
conhecer bem seu território, observar o que está favorecendo a proliferação do
mosquito e tenham consciência de que não se trata de um problema apenas da área
da saúde, mas que envolve também a limpeza urbana, educação e mobilização
social. Essas ações de prevenção precisam, então, ocorrer de forma integrada e
articulada. Já para a população, pedimos que cada um faça o seu papel, adotando
cuidados simples como vistoriar seu domicílio uma vez por semana, armazenar bem
o lixo, se precisar guardar água, vedar bem seus depósitos, assim como as
caixas d’água. Caso tenha plantas, colocar areia nos vasos, observar depósitos
atrás de geladeira. Afinal qualquer pequena quantidade de água já pode servir
para os mosquitos depositarem os ovos, que são muito resistentes, durando mais
de um ano”, destacou Silvia Dinara.
Em se tratando de casos de Chikungunya o município de Assú
contabilizou conforme consta nos registros da Secretaria do Estado da Saúde
Pública do Rio Grande do Norte (Sesap/RN), o total de 100 casos confirmados da
doença.
A notícia é do site oficial da Sesap e para saber mais é só clicar aqui.
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