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A lista de nomes mencionados durante as delações de
Odebrecht e dados ao ministro do Supremo Tribunal Federal e relator da Lava
Jato Edson Fachin, inclui nomes de políticos potiguares. O governador Robinson
Faria (PSD), os senadores Garibaldi Alves (PMDB) e José Agripino Maia (DEM),
além dos deputados federais Felipe Maia (DEM), Fábio Faria (PSD) e da prefeita
de Mossoró Rosalba Ciarlini (PP). O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato
no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de inquérito contra
eles.
As investigações que tramitarão especificamente no Supremo
com a autorização do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte,
foram baseadas nos depoimentos de 40 dos 78 delatores. Os crimes mais
frequentes descritos pelos delatores são de corrupção passiva, corrupção ativa,
lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, e há também descrições a formação de
cartel e fraude a licitações.
Os relatos de Marcelo Odebrecht, ex-presidente e herdeiro
do grupo, são utilizados em 7 inquéritos no Supremo. Entre os executivos e
ex-executivos, o que mais forneceu subsídios para os pedidos da PGR foi
Benedicto Júnior, (ex-diretor de Infraestrutura) que deu informações incluídas
em 34 inquéritos. Alexandrino Alencar (ex-diretor de Relações Institucionais) forneceu
subsídios a 12 investigações, e Cláudio Melo Filho (ex-diretor de Relações
Institucionais) e José de Carvalho Filho (ex-diretor de Relações
Institucionais), a 11.
Os pedidos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
foram enviados no dia 14 de março ao Supremo. Ao todo, o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF 320 pedidos – além dos 83 pedidos
de abertura de inquérito, foram 211 de declínios de competência para outras
instâncias da Justiça, nos casos que envolvem pessoas sem prerrogativa de foro,
sete pedidos de arquivamento e 19 de outras providências. Janot também pediu a
retirada de sigilo de parte dos conteúdos.
Entre a chegada ao Supremo e a remessa ao gabinete do
ministro Edson Fachin, transcorreu uma semana. O ministro já deu declarações de
que as decisões serão divulgadas ainda em abril. Ao encaminhar os pedidos ao
STF, Janot sugeriu a Fachin o levantamento dos sigilos dos depoimentos e
inquéritos.
Fonte: Agora RN.
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