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O presidente Jair Bolsonaro anunciou a prorrogação do
auxílio emergencial até dezembro, com parcelas de R$ 300. Mais de 65 milhões de
brasileiros recebem o benefício durante a pandemia do novo coronavírus. O valor
havia sido antecipado pelo R7 no dia 19 de agosto.
“Seiscentos é muito para quem paga, no caso o Brasil. E
podemos dizer que não é um valor suficiente para todas as necessidades, mas,
basicamente, atende. Então, até
atendendo à economia, em cima da responsabilidade fiscal, fixar em R$ 300”,
disse Bolsonaro em entrevista coletiva no Palácio da Alvorada. Após cinco
depósitos de R$ 600 de abril a agosto, ocorrerão mais quatro pagamentos com a
metade do valor.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo
decidiu não deixar ninguém para trás e que a solução encontrada foi a melhor
possível. Bolsonaro fez o anúncio após participar de café da manhã com
parlamentares e integrantes do governo. O governo reduziu o valor do pagamento
para amenizar o impacto no caixa da União. As cinco primeiras parcelas custaram
cerca de R$ 50 bilhões mensais. A iniciativa de conversar com os congressistas
antes de finalizar a proposta é mais um gesto de aproximação do presidente em
relação ao Legislativo.
Reforma administrativa
Antes de anunciar a mudança no auxílio emergencial,
Bolsonaro afirmou que encaminhará na quinta-feira a reforma administrativa.
“Que fique bem claro: não afetará os atuais servidores,
atingirá apenas os futuros servidores concursados”.
Guedes afirmou que a reforma é importante por redefinir a
trajetória do serviço público no futuro.
“Com qualidade, com meritocracia, concursos exigentes,
promoções por mérito. É importante que estamos com os olhos não só na população
brasileira em curto prazo, mas pensando no futuro do Brasil e implementando as
reformas”, comentou o ministro da Economia.
Na saída do encontro, o deputado federal Ricardo Barros
(PP-PR), líder do governo na Câmara, afirmou que o Congresso logo analisará
também a reforma administrativa e comemorou o acordo definido nesta manhã.
“Essa é a nova maneira de nós fazermos articulação
política, vamos acordar com os líderes primeiro e anunciar depois”.
Após a discussão da reforma, disse o líder do MDB na
Câmara, Fernando Bezerra (PE), deverá entrar em pauta no Congresso a discussão
sobre o Renda Brasil, novo programa assistencial do governo federal.
Fonte: R7
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