Os funcionários da agência dos Correios em Assú aderiram a
paralisação grevista deflagrada na última semana de abril pela categoria em
todo o território nacional. Por essa razão os serviços prestados pela estatal
estão em sua maioria fora de operação. A única atividade que está sendo
executada é a entrega de correspondências.
“Na unidade de Assú o setor de atendimento está 100%
paralisado e dos 07 carteiros que nós temos, dois aderiram a paralização e dois
permanecem dando prioridade a [entrega] de objetos de urgência”, relatou
Lucileudo Fernandes da Silva que trabalha na agencia dos Correios em Assú.
Ele acrescentou que outros serviços não estão sendo
realizados em razão do pouco efetivo da agência que diminuiu ainda mais em
razão da adesão ao movimento paredista. Para ilustrar sua afirmação Lucileudo
Fernandes disse que os Correios em Assú, tem apenas sete carteiros para atender
a demanda de toda a cidade e bairros como Meus Amores, Irmã Lindalva, Lagoa do
Ferreiro e Parte do Feliz Assú entre outros não são cobertos em razão do pouco
efetivo.
A contratação de mais funcionários está na pauta de
reivindicações da categoria que ainda inclui outros pontos a não privatização
da estatal, e o fechamento de mais de 200 unidades dos Correios no Brasil sendo
sete no Rio Grande do Norte nas cidades de Natal e Mossoró.
Por meio de nota os Correios no Rio Grande do Norte,
informam, que a sua direção tentou novamente, na manhã desta quarta-feira,
(ontem) um acordo com as representações sindicais dos trabalhadores para
encerrar a paralisação parcial iniciada às 22h do dia 26 de abril. A demonstração
de boa vontade por parte da empresa ocorreu mesmo após a Federação Nacional dos
Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) ter
bloqueado o acesso ao edifício-sede da empresa em Brasília (DF), impedindo os
empregados que não concordam com paralisação de exercer seus direitos e
arriscando a própria reunião, que já estava agendada desde o dia 02.
A empresa já havia apresentado uma proposta no dia 1º de
maio, fruto de intensa negociação com as federações representantes dos
trabalhadores.
Na reunião desta quarta-feira, o presidente dos Correios,
Guilherme Campos, informou que uma nova proposta só poderia ser implementada
caso houvesse envolvimento de todas as partes.
“Até o momento,
somente a empresa tem feito novas propostas. Uma nova proposição deverá ser
construída a quatro mãos, com a participação de todos, empresa e sindicatos”,
afirmou o dirigente.
Cabe ressaltar que a empresa sempre esteve disposta a
conversar com as representações dos trabalhadores e que, embora representantes
dos Correios tenham permanecido à disposição para o diálogo, os sindicatos
abandonaram a reunião, demonstrando claramente a falta de disposição em
negociar.
A estatal afirma que não quer entrar em conflito com os
trabalhadores, em hipótese alguma, está buscando alternativas para sair dessa
situação, e tudo que pode ser realizado nas esferas gerencial e administrativa
está sendo feito. Entretanto, não assumirá compromissos que não podem ser
cumpridos.
A paralisação apenas torna mais grave a atual situação
financeira dos Correios — nos últimos dois anos, a empresa apresentou prejuízos
que somam, aproximadamente, 4 bilhões de reais, sendo que 65% desse total
correspondem a despesas de pessoal. Até o momento, a paralisação, ainda que
parcial, acarreta um potencial de perda de aproximadamente 6,5 milhões de
reais, por dia, aos cofres da estatal. A nota finaliza afirmando que a atitude
dos sindicatos compromete a qualidade dos serviços prestados aos clientes e à
população brasileira e prejudica ainda mais o processo de recuperação dos
Correios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário