domingo, 3 de julho de 2022

Redução de ICMS para 18% no RN também vai baixar valor do gás de cozinha e conta de luz

Reprodução

A redução na cobrança de ICMS anunciada nesta sexta-feira (1º) pelo governo do Rio Grande do Norte não vai reduzir apenas os preços dos combustíveis (gasolina, diesel e etanol). A decisão anunciada pelo secretário de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, também se aplicará à conta de luz e ao gás de cozinha.

No caso do gás de cozinha, a alíquota do ICMS não será alterada, porque já era 18%. Mas o valor do imposto cobrado vai cair porque o preço médio do botijão para cálculo baixará de R$ 105,04 para R$ 76,18 (média dos últimos cinco anos). Com isso, a parcela recolhida pelo governo estadual deixará de ser R$ 18,91 para R$ 13,72 por botijão – uma queda de R$ 5,19.

Já com relação à conta de energia, o ICMS vai cair dos atuais 25% para 18% em todas as faturas cujo consumo seja superior a 300 KWh no mês. Além disso, o Estado deixará de cobrar ICMS sobre um dos índices de compõem a tarifa de energia. Sairá de 25% para 0%. A Secretaria Estadual de Tributação (SET) ainda não calculou o impacto no Rio Grande do Norte.

Sobre a conta de luz, a redução do ICMS já havia sido determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) antes mesmo da entrada em vigor da Lei Complementar 194/2022, mas no fim do ano passado os ministros decidiram empurrar a entrada em vigor da redução para 2024. A lei complementar sancionada na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) antecipou os efeitos da diminuição.

Em entrevista nesta sexta-feira ao programa 12 em Ponto 98, da 98 FM, o secretário estadual de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, afirmou que, apesar de o Estado anunciar a redução do ICMS, vai insistir com uma ação no STF para que a lei complementar seja declara inconstitucional, por se tratar de invasão de maneira de competência dos estados (tributação).

Sobre a energia elétrica, especificamente, ele salienta que o próprio STF já havia decidido que os efeitos da lei só valeriam para 2024.

O Pleno do STF já havia decidido por 2024 para os estados poderem programar as suas leis orçamentárias. Mas essa lei puxou o efeito para agora. Na ação que entramos no STF, a gente trouxe essa questão que estava pacificada nos tribunais, de que ficaria para 2024, mas tudo isso impacta agora”, afirmou.

Fonte: Rádio 98

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