O Relatório da Situação Volumétrica dos 47 reservatórios
com capacidade superior a cinco milhões de metros cúbicos, monitorados pelo
Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio do Instituto de Gestão das
Águas (Igarn), divulgado nesta quinta-feira (08), indica que as chuvas
ocorridas na quadra invernosa para o interior do Estado, apesar de superior à
ocorrida em 2016, não foi suficiente para alterar a situação crítica das
reservas hídricas potiguares. Alguns reservatórios de menor porte receberam
boas recargas a exemplo do açude Sabugi em São João do Sabugi, que esteve seco
e terminou o inverno com 14% do seu volume total. O açude Caraúba, no mesmo
município, também teve boa recarga e encontra-se com 28% do seu volume. O Açude
Boqueirão de Parelhas é outro reservatório que recebeu recarga suficiente para
ter um ganho real, em 1º de janeiro estava com 13% do seu volume total e
atualmente está com 18% da sua capacidade. O Açude Beldroega, em Paraú, recebeu
grande recarga e atualmente está com 100% de sua capacidade. Já o manancial
Mendubim atingiu 57,99% do seu volume máximo.
Em um comparativo entre os volumes dos três maiores reservatórios
potiguares no dia 31 de maio de 2016 e no mesmo dia de 2017 temos os seguintes
números: a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório do Estado,
com capacidade para 4,2 bilhões de metros cúbicos, ao final do inverno do ano
passado estava com 22,58% da sua capacidade total, já no dia 31 de maio deste
ano, o percentual era de 18,61%. Utilizando o mesmo comparativo, a barragem
Santa Cruz do Apodi estava com 28,47% da sua capacidade, no ano passado, já
este ano chegou ao final do inverno com 21,24%. A barragem de Umari foi a única
que obteve crescimento real de volume no comparativo entre os dois anos. Em
2016, chegou ao dia 31 de meio com 17,41% de sua capacidade, já este ano
atingiu 22,87%. Este acréscimo de volume ocorreu devido ao fechamento da
válvula dispersora durante o inverno. A situação se repete se comparados os
volumes totais das duas principais Bacias Hidrográficas do Estado. Em 2016, a
Bacia Piranhas/Açu, ao final da quadra invernosa, apresentava 20,58% do seu
volume total. Já este ano apresenta 18,62% do seu volume total. A Bacia
Apodi/Mossoró, em 2016, atingiu 20,80% do seu volume total. Em 2017 está com
18,61%. O Rio Grande do Norte, quanto às suas reservas hídricas superficiais,
está com apenas 17,53% de sua capacidade total. Em 2016, no mesmo período
estava com 20,09%. É de suma importância que as populações das cidades
potiguares utilizem água de forma consciente. A notícia é do portal eletrônico do
IGARN. O engenheiro do Dnocs em Assú, Rafael Mendonça faz um paralelo do Vale
do Açu com o Seridó e do Rio Grande do Norte com a Paraíba em se tratando de
recursos hídricos.
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