Ameaças, exigências descabidas, gritos e constrangimentos!
Essas são algumas situações que os servidores do Hospital Regional Nelson
Inácio dos Santos, localizado no município de Assú, enfrentam diariamente por
parte da direção geral do hospital, comandada por Alberto Luiz Trigueiro.
Em denúncia anônima recebida pelo Sindsaúde/RN na tarde
desta quinta-feira, 27, profissionais relatam que o assédio moral dentro do
hospital piorou significativamente com a proposta de implementação do ponto
eletrônico na unidade apenas para a categoria do nível médio. Isso porque, 90%
desses servidores que atuam no hospital de Assú residem em outros municípios, e
dependem exclusivamente dos pouquíssimos ônibus intermunicipais que passam em
horários estabelecidos, e com um grande intervalo entre um e outro. Com isso, a
direção da unidade está exigindo cumprimento das escalas e pontualidade dos
profissionais, que muitas vezes saem de um plantão direto para outro, relevando
o fato de que essas pessoas dependem de um transporte público que pode quebrar,
atrasar e até mesmo, não passar.
De acordo com os relatos que recebemos, é comum a direção
ameaçar os trabalhadores da saúde dizendo que vão cortar o ponto daqueles que
se atrasaram, ou até mesmo, sair fotografando os setores e veicular as fotos em
grupos nas redes sociais, constrangendo os profissionais quando estes ainda estão
a caminho do trabalho. Infelizmente, o mesmo rigor não é posto em prática a
outros cargos do hospital, que assinam o ponto, sem nem mesmo ter cumprido
nenhuma escala do mês, segundo a denúncia. Embora alguns setores do hospital
tenham solicitado a direção um aparelho móvel para atender as demandas da
unidade, a mesma orienta e até mesmo exige que os servidores utilizem seus
próprios aparelhos telefônicos para trabalhar, o que já gerou atrito e
desentendimento entre médicos e trabalhadores do local.
Ao tomar conhecimento dessa situação, a direção do
Sindsaúde/RN vai discutir o assunto na próxima Mesa SUS, para que os
representantes do Governo tomem conhecimento e providências quanto a este
problema.
“Não basta o temor de trabalhar no meio de uma pandemia
em um ambiente totalmente contaminado, com falta de materiais, insumos, com
déficit de pessoas, e até mesmo, sem ter direito a férias, os servidores também
precisam lidar com o assédio moral, que hoje configura um problema generalizado
nas unidades de saúde do RN”, afirma o diretor do Sindsaúde, Breno Abbott.
A notícia é do site oficial do Sindsaúde/RN.
Em entrevista ao programa Microfone Aberto da Rádio 89 FM,
o diretor Alberto Luís apresentou a sua versão.
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