domingo, 27 de março de 2022

O grito da Lagoa do Piató: Grupo Lagoa Viva entrega documento com reivindicações ao ministro do Desenvolvimento Regional

Em mais uma ação em defesa da Lagoa do Piató, o Grupo Lagoa Viva, representado pelo ambientalista Aldo Cardoso de Lima, entrega documento com uma série de reivindicações [foto em anexo] ao Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PL), que estava em agenda no município de Itajá, nesta sexta-feira, 25/03. O ministro  anunciou, por sua vez, investimentos de R$3,9 milhões para início dos estudos para a perenização da Lagoa do Piató, em Assú, e para revitalização do açude público do Saco, na cidade de Itajá (Fonte: Portal Grande Ponto). Desta feita, oportunamente, o coletivo ambiental, ao saber da presença do ministro, não hesitou em apresentar um documento com os problemas reais e urgentes a serem solucionados, na esperança de que a pauta, que vem sendo incansavelmente defendida desde o ano de 2019, entre para a agenda pública.

O documento entregue ao ministro Rogério Marinho, faz menção às 560 famílias, das comunidades Porto Piató, Olho D’água do Piató, Banguê, Areia Branca Piató e Bela Vista Piató, que vem sendo prejudicadas com o descaso do Poder Público e a ausência de políticas para o entorno do anel da Lagoa. Além disso, destaca os principais problemas enfrentados, são eles: a existência de uma rede elétrica de alta tensão que atravessa a lagoa ao meio; a presença de uma mata densa e invasora de Algaroba, altamente tóxica para peixes e seres humanos; o assoreamento da bacia da lagoa com cerca de 1,3 metro de areia. As pautas foram ainda ampliadas, sendo acrescentado a necessidade de pavimentação asfáltica do Assú à comunidade do Porto Piató, que perfaz somente 6 km, ou seja, um trecho muito reduzido, que pode melhorar o acesso ao anel da lagoa, auxiliar no fomento do turismo local, ecológico e religioso, considerando, por sua vez, que a escultura da Santa Irmã Lindalva, foi construída na comunidade de Malhada de Areia, que fica nas proximidades, além de beneficiar pescadores e agricultores na comercialização de seus produtos. Nesse sentido, a pavimentação só não foi realizada ainda, em verdade, por falta de vontade política desses que nos representam.

Vale lembrar também, que o Assú ganhou o título em 2011 de Capital dos Baobás Centenários no Brasil, pelo viveirista e estudioso Gilberto Vasconcelos, que reuniu em seu livro “Mapa dos Baobás do Brasil”, indicando a existência de 06 desses baobás centenários situados na Fazenda Curralinho, do Piató. Pergunto, quais políticas vêm sendo implementadas para a preservação e divulgação desse patrimônio ambiental e sociocultural do nosso município reconhecido nacionalmente?

Por: Pedro Henrique Farias (poeta e escritor)

Conteúdo enviado ao blog Assú Todo Dia pelo professor e integrante do Grupo Lagoa Viva, Aldo Cardoso de Lima.

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