O Rio Grande do Norte enfrentou, em 2017, seu sexto ano
consecutivo de seca, com 153 municípios em situação de emergência. A fim de
minimizar os efeitos da estiagem prolongada, o Governo do Estado, através do
Gabinete Civil e da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil deu
continuidade as ações iniciadas em 2016, com a realização da Operação Vertente,
destinando água potável a cerca de 110 mil potiguares, nas regiões Alto Oeste e
Seridó. Para garantir o abastecimento regular, somente neste ano foram
investidos cerca de R$ 7 milhões, advindos de recursos do Ministério da
Integração. Atendendo a uma média mensal de 22 municípios, a Operação conta com
aproximadamente 90 caminhões-pipa circulando nas áreas urbanas das cidades em
colapso, com a distribuição mensal de 17 mil m3 cúbicos e quase 44 mil
atendimentos diários. No total, nesta fase da Operação, já foram entregues a
população mais de 106 milhões litros de água. A captação, distribuição e
itinerário dos caminhões são monitorados em tempo real pela Defesa Civil, e a
população também participa da fiscalização, confirmando o recebimento da água
através de um cartão de leitura ótica. Outra preocupação da Operação é quanto a
qualidade da água levada às cidades. Segundo o coordenador Estadual da Defesa
Civil, Elizeu Dantas, toda a água distribuída passa por testes e não oferece
riscos à saúde dos norte-rio-grandenses, sendo destinada ao consumo humano.
“A água é captada
em locais indicados pela CAERN, que realiza georreferenciamento de áreas e
laudos de potabilidade, indicando sua viabilidade. Hoje, a captação acontece
nos mananciais de Apodi e Vera Cruz”, explica.
Atualmente, os carros-pipa abastecem 19 cidades do Rio
Grande do Norte: Cruzeta, Bodó, Jardim do Seridó, Acari, Cerro Corá, Currais
Novos, Paraná, Luis Gomes, Tenente Ananias, Almino Afonso, Francisco Dantas,
João dias, José da Penha, Serrinha, Marcelino Vieira, São Miguel, Pilões,
Rafael Fernandes e Alexandria.
Dantas explica ainda que a Defesa Civil segue critérios
técnicos para quantificar o abastecimento de uma cidade em colapso, obedecendo
a parâmetros da população a ser atendida.
“Quando a CAERN nos
notifica sobre o colapso, os agentes identificam os pontos de captação, de
distribuição e iniciam o processo de contratação dos carros-pipa com a verba
enviada pelo Ministério da Integração”.
Em 2017 também foram iniciadas as articulações para
formação do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil, que pretende tornar
mais ágil e eficaz o atendimento à população em situações de emergência e
desastres ocorridos em todo Rio Grande do Norte, por meio de uma atuação
integrada entre o órgão estadual e as Coordenadorias Municipais de Defesa Civil
de todo o estado, divididas em 10 Unidades Regionais (UR). Para qualificar o
trabalho dos agentes municipais de Defesa Civil, a equipe da Coordenadoria
Estadual realizou treinamento em todas as regiões do Estado. Foram feitos nove
cursos de capacitação, ensinando os agentes a utilizar o Sistema integrado de
Informações sobre Desastres (S2ID), da Defesa Civil Nacional, que integra dados
regionais e nacionais essenciais para proteção, prevenção, resposta e
reconstrução de áreas afetadas.
Fonte: Gabinete Civil do RN
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