O interior do Rio Grande do Norte terá um inverno com
chuvas variando de normal a acima de normal nos meses de março, abril e maio de
2018. Essa foi a conclusão da II Reunião de Análise Climática para o Semiárido
do Nordeste Brasileiro, realizada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio
Grande do Norte (EMPARN) e concluída nesta quinta-feira (22). O resultado da
reunião é semelhante a conclusão do encontro realizado em janeiro, pela
Funceme, no Ceará. Mas desta vez, segundo o meteorologista da Emparn, Gilmar
Bristot, as condições climáticas estão ainda mais favoráveis para que ocorra
chuvas no semiárido “a temperatura do
Oceano Atlântico Sul que está mais quente e o resfriamento no Atlântico Norte
que favorecem a permanência da Zona de Convergência Intertropical sobre a
região Nordeste”.
A Zona de Convergência Intertropical é o principal
sistema causador de chuva no semiárido nordestino. No Rio Grande do Norte, 92%
do seu território é semiárido e engloba as regiões Central, Oeste e quase toda
região Agreste. Nessa área, o período de inverno vai de fevereiro a maio, com
exceção da região agreste, onde o período chuvoso se estende até o mês de
agosto. Em março de 2018, a reunião Climática será realizada pela APAC, em
Pernambuco, quando será divulgado o prognóstico climático para o trimestre
abril, maio e junho no Litoral Leste da região Nordeste.
Seca
As chuvas são sinal de esperança para a população
potiguar. Com seis anos seguidos de estiagem, o estado enfrenta a seca mais
severa de todos os tempos. Os efeitos são preocupantes. Dos 167 municípios
potiguares, 153 estão em situação de emergência por causa da escassez de água –
o que representa 92% do estado. Além das 16 cidades em colapso no
abastecimento, 82 precisaram adotar sistemas de rodízio para ter água encanada.
Ao longo destes anos, o governo estima que os prejuízos já passaram dos R$ 4
bilhões por causa da redução do rebanho e do plantio.
Fonte: G1/RN
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