Nova linha de crédito voltada para a gestão eficiente e
sustentável de recursos hídricos foi lançada na última sexta-feira, 02 de dezembro na
sede do Banco do Nordeste no Ceará. A apresentação
do novo produto de crédito, o FNE Água, aconteceu dentro da programação do
Seminário de Avaliação da Seca de 2010-2016 no Semiárido Brasileiro. O evento
objetivou subsidiar estratégias de adaptação aos impactos da atual estiagem,
considerada a mais severa dos últimos 50 anos. Contando com recursos do Fundo
Constitucional de Financiamento do Nordeste, o FNE Água será disponibilizado a
empresas e produtores rurais, que poderão contratar o crédito com juros de 6,5%
a 11% ao ano, com direito também a bônus de adimplência de 15%. Os
investimentos serão distribuídos em quatro eixos de financiamento: acesso,
eficiência, recuperação de mananciais e saneamento. Com o FNE Água, o Banco do
Nordeste poderá financiar o valor total de investimento do projeto, a depender
do porte do empreendimento e de sua localização. Os prazos para pagamento do
empréstimo podem chegar a 20 anos, a exemplo dos casos de iniciativas
relacionadas a saneamento (com até quatro anos de carência) e recuperação
ambiental e reflorestamento (com até oito anos de carência).
"Essa nova linha
de crédito destina-se, sobretudo, a pequenos produtores rurais, que precisam
estruturar sistemas de abastecimento e irrigação para garantir sua produção
mesmo diante de uma das piores secas da história. Por outro lado, beneficia
empresas da indústria, do comércio e de outros setores, inclusive por meio de
parcerias público-privadas, que necessitam desenvolver projetos cada vez mais
eficientes de otimização do uso de água, dado o contexto de escassez hídrica",
afirma o presidente do Banco do Nordeste, Marcos Holanda.
Entre os itens financiáveis do FNE Água incluem-se:
sistemas de aproveitamento de água pluvial; construção de barragens, valas de
infiltração e sistemas de captação de água subterrânea; sistemas de tratamento
de águas residuais; irrigação por gotejamento ou microaspersão; torres de
resfriamento sem químicos; detectores de perdas de água; reflorestamento para
recuperação de matas ciliares e nascentes; viveiros para produção de espécies
nativas; e projetos de concessão de serviços públicos de água e esgoto, por
meio de parcerias público-privadas (PPPs).
Seminário
O Seminário de Avaliação da Seca de 2010-2016 no
Semiárido Brasileiro reúne representantes de instituições federais,
estaduais e internacionais com o objetivo de documentar aspectos climáticos,
impactos, respostas e lições para subsidiar futuras estratégias de adaptação
aos impactos das secas. O evento é uma realização do Centro de Gestão e Estudos
Estratégicos, organização social supervisionada pelo Ministério de Ciência,
Tecnologia e Inovação, e do Governo do Estado do Ceará, por meio da Fundação
Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). O seminário tem apoio
do Banco do Nordeste, Banco Mundial, Agência Nacional das Águas, Ministério do
Meio Ambiente e Ministério da Integração Nacional.
Fonte: Assessoria de Imprensa do BNB.
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