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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou
que a bandeira tarifária para setembro de 2019 continuará na cor vermelha no
Patamar 1, a mesma de agosto. Isso significa que haverá uma cobrança extra de
R$ 4 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em julho vigorou a cobrança da
bandeira tarifária amarela, na qual há um acréscimo de R$ 1,50 a cada 100 kWh
consumidos. De acordo com a Aneel, a decisão de manter a bandeira no patamar
vermelho 1 foi tomada devido ao fato de uma parcela significante da energia ser
fornecida por meio de usinas termelétricas, que têm custo de geração de energia
mais alto. Também pesou na decisão a diminuição do volume de chuvas, com a
intensificação da estação seca.
“Setembro é um mês
típico do final da estação seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema
Interligado Nacional (SIN). A previsão hidrológica para o mês sinaliza
permanência do quadro de estiagem, com vazões abaixo da média histórica”,
disse a Aneel.
Criado pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias
sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom
uso da energia elétrica. O funcionamento das bandeiras tarifárias é simples: as
cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia
custará mais ou menos com base nas condições de geração.
O cálculo para acionamento das bandeiras tarifárias leva
em conta, principalmente, dois fatores: o risco hidrológico– GSF, na sigla em
inglês, e o preço da energia (PLD). Segundo a agência, o cenário favorável
reduziu o preço da energia para o patamar mínimo, o que “diminui os custos relacionados ao risco hidrológico e à geração de
energia de fontes termelétricas”, possibilitando a manutenção dos níveis
dos principais reservatórios próximos à referência atual.
No dia 21 de maio, a agência aprovou um reajuste no valor
das bandeiras tarifárias. Com os novos valores, caso haja o acionamento, o acréscimo
cobrado na conta pelo acionamento da bandeira amarela passou de R$ 1 para R$
1,50 a cada 100 kWh consumidos. Já a bandeira vermelha patamar 1 passou de R$ 3
para R$ 4 a cada 100 kWh e, no patamar 2 da bandeira, passou de R$ 5 para R$ 6
por 100 kWh consumidos. A bandeira verde não tem cobrança extra.
Os recursos pagos pelos consumidores vão para uma conta
específica e depois são repassados às distribuidoras de energia para compensar
o custo extra da produção de energia em períodos de seca.
Fonte: Agência Brasil
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