No Rio Grande do Norte, 46 mil pessoas tornaram-se
desocupadas (sem emprego formal nem informal) no início de 2020. Esse é o maior
crescimento no estado, para um primeiro trimestre, desde que a Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua foi criada em 2012. Os dados
foram divulgados hoje (15) pelo IBGE. No total, o estado potiguar registrou 237
mil desocupados no primeiro trimestre de 2020, enquanto que no último trimestre
de 2019 havia 191 mil. Em relação a todos os outros trimestres, o crescimento é
o terceiro maior da série histórica do RN. A alta de 24% de desocupados nesse
período também é a quinta maior entre as unidades da federação. Apenas Mato
Grosso (34,4%), Maranhão (32%), Alagoas (25%) e Tocantins (24,6%) superam o
estado potiguar. No Brasil, 12 unidades da federação cresceram neste aspecto. O
número de desocupados no trimestre de janeiro a março de 2020 representa 15,4%
das pessoas que estão na força de trabalho no RN. Também é a terceira vez que a
desocupação ultrapassa o nível de 15% no estado. Do total de 237 mil pessoas
desocupadas, 110 mil moram na Região Metropolitana de Natal e 62 mil no
município capital. A taxa de desocupação da Grande Natal foi de 14,4%, e da
capital, 13,8%. A taxa de desocupação dos jovens potiguares, de 18 a 24 anos,
chegou a nível recorde: 36%, o maior desde 2012. Nesse grupo, a taxa era 30% no
último trimestre de 2019. A quantidade de desocupados nessa faixa de idade
variou de 61 mil, no final de 2019, para 81 mil nos primeiros três meses de
2020. No RN, 45% dos trabalhadores estão na informalidade, a menor taxa do
Nordeste. Esse percentual representa 586 mil pessoas. Pernambuco (48%) tem a
segunda menor taxa da região. Na liderança da informalidade, está o Maranhão
(61,2%). São considerados trabalhadores informais aqueles que atuam no setor
privado e não possuem carteira assinada; empregado doméstico sem carteira de
trabalho assinada; empregador sem CNPJ; trabalhador por conta própria sem CNPJ;
e trabalhador familiar auxiliar.
Das oito unidades da federação com diminuição de
empregados sem carteira assinada no setor privado, o Rio Grande do Norte
apresentou uma queda de 14,2% no primeiro trimestre de 2020 se comparado com
último de 2019.
No trimestre de outubro a dezembro de 2019, o número de
empregados sem carteira assinada no mercado de trabalho potiguar era de 216
mil. Nos primeiros três meses de 2020, esse número chegou a 186 mil. Só o Amapá
(- 14,2%) teve uma queda maior que o Rio Grande do Norte nesta análise. Na
comparação do primeiro trimestre de 2020 com o primeiro de 2019, essa categoria
de emprego se manteve estável no Rio Grande do Norte. A redução dos empregos
sem carteira assinada no primeiro trimestre é comum, em razão da dispensa de
trabalhadores contratados temporariamente para atender à demanda do fim do ano
anterior.
Fonte: Defato.com
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