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O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) do
Rio Grande do Norte faz os últimos ajustes e testes para começar a produzir em
larga escala um protótipo de respirador mecânico de baixo custo. Batizado de
‘Caninga’, o equipamento custa entre R$ 10 mil e R$ 15 mil, até 40 vezes mais
barato que um modelo convencional vendido no mercado.
Em fase final de homologação na Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), o aparelho monitora o volume de ar inspirado
pelo paciente intubado e é destinado aos casos graves de covid-19. Possui tela
sensível ao toque, dispõe de banco de dados, alarme e é de fácil higienização e
manutenção.
Segundo o diretor do Instituto SENAI de Inovação em
Energias Renováveis (ISI-ER), Ricardo Melo, o objetivo é fabricar o aparelho em
larga escala para suprir a demanda da rede pública de saúde.
“O Sistema
Indústria não poderia deixar de dar essa contribuição. Não há por nossa parte
nenhuma busca de comercialização neste momento, mas nesse processo de
desenvolvimento para essa época de pandemia, a ideia é solicitar licença de mil
unidades”, afirma.
O Caninga foi desenvolvido por engenheiros e técnicos do
SENAI, em parceria com a UFRN e a Universidade Federal de Campina Grande
(UFCG), na Paraíba.
Como se antecipou ao aumento do número de casos de
pessoas infectadas pela covid-19 no estado, o SENAI começou a desenvolver o
projeto ainda na segunda quinzena de março e o concluiu em pouco mais de um
mês. A instituição, agora, avalia a possibilidade de produzir o equipamento
para outros estados do país que estão em situação crítica.
Além de construir o protótipo de baixo custo, o SENAI
atua em outras frentes no combate à pandemia de covid-19. Em parceria com o
Senar, trabalha na confecção e distribuição de 10 mil máscaras de proteção
destinadas a trabalhadores rurais e para agroindústrias do estado.
A instituição realiza ainda a manutenção gratuita de
respiradores, iniciativa do SENAI em nível nacional, em parceria com empresas,
institutos de pesquisa e órgãos do governo federal.
Na avaliação do senador Jean Paul Prates (PT-RN), o setor
industrial tem feito sua parte no combate ao coronavírus e unido esforços com o
governo estadual para superar esse momento de crise.
“A Federação das
Indústrias do RN tem colocado sua experiência, seus especialistas à disposição
da sociedade, do governo do estado, especialmente da indústria e dos
trabalhadores do setor. Além do respirador Caninga, as equipes ligadas ao
Sistema S [SESI e SENAI] desenvolveram e produziram máscaras que estão sendo
usadas pelos profissionais de saúde”, enumera o parlamentar.
Jean Paul Prates cita ainda o apoio da FIERN para que a
economia potiguar seja reaquecida e estimulada tão logo o isolamento social
acabe.
“A entidade
elaborou um plano gradual de retomada da economia. Esse plano é muito
importante para servir de guia para o governo do estado e prefeituras”,
ressalta.
A notícia é da Agência do Rádio. Para saber mais é só clicar aqui.
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