O setor de cerâmica para construção também foi atingido
pelos efeitos da crise financeira que observa- se em todo o território nacional.
Esse é o diagnóstico apresentado durante entrevista à Rádio Princesa do Vale pelo presidente do Sindicato da Indústria de Cerâmica para Construção
do Rio Grande do Norte (SINDICER/RN), empresário Vargas Soliz Pessoa.
“A crise tornou tudo
difícil para todos os setores. 2016 tem sido um ano duro com a redução do poder
aquisitivo da população e do número de construção de casas. O segmento que dá
suporte a construção civil fornecendo tijolos e telhas e outros elementos de cerâmica
vermelha sentiu bastante os efeitos. Hoje no Rio Grande do Norte há um grande
número de empresas [cerâmicas] que
estão com suas portas fechadas e outro tanto com suas atividades parcialmente paralisadas
e/ou com a produção reduzida”, comentou Vargas Soliz.
Outro ponto focalizado pelo dirigente sindical diz respeito
ao programa federal de habitação ‘Minha Casa Minha Vida’. Ele observa que para
o setor ceramista, o auge do programa foi benéfico, mas atualmente a realidade
é outra.
“O ‘Minha Casa Minha
Vida’ é um programa muito importante para o segmento, só que já teve o seu ague
o que fez com que as indústrias do setor cerâmico tiveram um crescimento
naquele instante. Vivemos o auge com a aumento na venda de produtos cerâmicos,
mas hoje algo em torno de 40 a 50% da produção foi reduzida. Temos como consequência
disso, demissões e a renda que era gerada nos municípios através do setor
produtivo passou a não existir mais, o que gera diminuição no consumo, menos
arrecadação de impostos, e menor investimentos por parte do governo nas três esferas.
Esperamos que isso passe pois se continuar assim vai ser ainda mais complicado
para toda a população do nosso Estado e do nosso País”, concluiu.
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