A 20ª Pesquisa CNT de Rodovias revela que os 1.474 km das
rodovias avaliadas no Rio Grande do Norte apresentam algum tipo de deficiência
e foram consideradas regulares, ruins ou péssimas. Isso representa 79,6% das
rodovias do RN. Devido às deficiências apresentadas no pavimento das rodovias
do RN, o custo operacional do transporte no Estado sofre acréscimo de 33,3%. O
índice é o maior da região Nordeste, onde a média é de 23,9%. O índice nacional
é de 24,9%. A Pesquisa CNT de Rodovias revela ainda que os 1.474 km que
apresentam irregularidades correspondem a 79,6%, das rodovias avaliadas no
estado apresentam algum tipo de deficiência e foram consideradas regulares,
ruins ou péssimas. De acordo com o levantamento, 20,4% (380 km) da extensão
pesquisada são consideradas ótimas ou boas. Rodovias com problemas reduzem a
segurança, além de aumentar o custo de manutenção dos veículos e o consumo de
combustível. O levantamento da CNT avalia o estado geral da malha rodoviária
pavimentada de todo o país, considerando pavimento, sinalização e geometria da
via. A pesquisa da Confederação Nacional do Transporte percorreu 1.854 km no
estado. Em todo o Brasil, foram 103.259 km analisados. Na avaliação da CNT,
para a reconstrução, a restauração e a manutenção dos trechos danificados nas
rodovias do Rio Grande do Norte, é necessário investir R$ 1,23 bilhão. Com
relação ao pavimento, quando são consideradas as condições da superfície da
pista principal e do acostamento, a pesquisa classificou o pavimento como
Regular, Ruim ou Péssimo em 65,6% da extensão avaliada no Rio Grande do Norte,
enquanto 34,4% foram considerados Ótimo ou Bom. Já 52,1% da extensão pesquisada
apresentam a superfície do pavimento desgastada. Outro fator importante
avaliado na pesquisa está relacionado à sinalização. Nessa variável, são
observadas a presença, a visibilidade e a legibilidade de placas ao longo das
rodovias, além da situação das faixas centrais e laterais. O estudo apontou que
há problemas de sinalização em 68% da extensão avaliada (classificação Regular,
Ruim ou Péssima). Em 32%, é Ótima ou Boa. Ao analisar os trechos onde foi
possível a identificação visual de placas, 35,7% apresentaram placas desgastadas
ou totalmente ilegíveis. O tipo de rodovia (pista simples ou dupla), a presença
de faixa adicional de subida (3.ª faixa), de pontes, de viadutos, de curvas
perigosas e de acostamento estão incluídos na variável geometria. A pesquisa
constatou que 87,7% da extensão pesquisada não têm condições satisfatórias de
geometria. 12,3% tiveram classificação Ótima ou Boa. O estado tem 92,8% da
extensão das rodovias avaliadas de pista simples de mão dupla. A pesquisa ainda
identificou dois trechos com erosões na pista e 28 trechos com buracos grandes.
Apesar de o Governo do Estado fazer constantes anúncios sobre a previsão
de investimentos para a melhoria da malha viária estadual, a situação continua
preocupante. Acidentes com morte são registrados constantemente, o que vem
causando protesto por parte de condutores de veículos e empresários do setor de
transporte de cargas. O empresário Joaquim Anselmo, que
possui uma empresa de transporte de cargas, lamenta a situação e diz que está
sendo difícil manter o serviço. Segundo ele, a situação das rodovias fez que
ele deixasse de fazer o transporte de cargas fracionadas.
“Hoje,
só trabalhamos com cargas fechadas. Não temos mais condições de fazer o
transporte fracionado. O custo é muito alto. Nossas rodovias estão entregues às
baratas. Na região do Seridó, algumas RNs estão intransitáveis. Aquela que liga
a BR 304 ao Seridó, passando por Paraú, é um Deus nos acuda. Só trafega por ali
quem precisa. Mesmo com a importante obra da BR 110 entre Mossoró e Upanema,
nos dando uma alternativa para se chegar ao Seridó, oferece menos riscos. Mas a
maioria das rodovias está em situação de abandono”, diz.
Segundo o empresário, os buracos, a
falta de sinalização e o mato colocam em risco os motoristas e as cargas. “Tem
muito buraco, acostamentos inexistem, quando existe o mato tomando de conta. Um
descaso total”, afirmou.
Fonte: Defato.com
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