Na visão do presidente da Associação dos Vaqueiros
Amadores do Vale do Açu (ASSOVALE), Nuilton Medeiros, a decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF) de derrubar uma lei do Estado do Ceará que regulamentava a
vaquejada por 6 votos a 5 revela o total desconhecimento que se tem sobre a
vaquejada, e o quanto não se leva em conta o fato desta ser fonte de emprego e renda
para muitas famílias.
“Esqueceram que a
vaquejada gera emprego. Existem famílias que vivem das vaquejadas”, disse o
dirigente.
Os ministros consideraram que a atividade impõe
sofrimento aos animais e, portanto, fere princípios constitucionais de
preservação do meio ambiente. Apesar de se referir ao Ceará, a decisão servirá
de referência para todo o país, sujeitando os organizadores a punição por crime
ambiental de maus tratos a animais. Nuilton Medeiros espera que a decisão seja
revista e defende que sejam criadas regras que impeçam os maus tratos. No
entanto argumenta que o caminho não é banir a vaquejada. Nesta terça-feira, dia
11 de outubro ele se une a dirigentes de outras entidades, vaqueiros e amantes
da vaquejada num manifesto em defesa da tradição. Tal acontecimento se dará em
Natal com início previsto para às 09h em frente ao prédio da Assembleia
Legislativa do Rio Grande do Norte. O presidente da ASSOVALE acrescentou que
está sendo organizado um ato da mesma envergadura em âmbito nacional. A Associação
Brasileira de Vaquejadas (ABVAQ) é responsável pela organização da manifestação
que terá lugar a Esplanada dos Ministérios em Brasília - DF. A intenção é levar
2.000 cavalos em 500 caminhões. Através do Canal Rural o advogado da entidade,
Leonardo Dias confirmou a realização do evento previsto para o próximo dia 25
de outubro.
Outro integrante da diretoria da ASSOVALE, Érico Freire
também enxerga a vaquejada como fonte de emprego e renda e assegura que os maus
tratos a animais foram reduzidos a zero fruto de uma evolução que a ABVAQ e os
circuitos regulamentados implementaram nos últimos anos. Tudo isso segundo o
dirigente fez com que a vaquejada atual se diferencie do que era em tempos
passados.
“Muita gente que critica
a vaquejada tem um pensamento de como era no passado. Eram muitos maus tratos
não resta dúvida. Mas a vaquejada evoluiu e muito para o bem-estar dos animais.
Hoje é diferente. E mais, vaquejada gera em torno de 120 mil empregos diretos e
600 mil indiretos. A crise econômica que estamos vivendo vai agravar ainda mais
com a proibição da vaquejada”, frisou.
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