O varejo terá a melhor Páscoa dos últimos cinco anos, com
uma movimentação de R$ 2,2 bilhões, a geração de 10,6 mil empregos temporárias
e um aumento de 3,5% no volume de vendas. A expectativa é da Confederação
Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que divulgou hoje (20)
as estimativas em relação à Semana Santa deste ano, comparativamente à do ano
passado, já descontada a inflação do período. Confirmada a projeção, esse seria
o melhor desempenho das vendas reais do varejo nesta data comemorativa desde os
4,8% de crescimento verificado em 2013. Na mesma data no ano passado, o varejo
registrou o primeiro aumento no volume de vendas, ao crescer 1,1% em relação a
2016, após acumular perda de 5,2% em 2015 e também em 2016. Segundo os dados
divulgados pela CNC, a melhor Páscoa para o setor ocorreu em 2010, quando as
vendas cresceram 9,5% em relação a 2009, ano em que a economia cresceu 7,5% e o
volume total de vendas do varejo avançou 10,9%. Em relação ao emprego, em
particular, o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio Bentes, ressalta o fato
de que, tão importante quanto o número maior de contratações, será a taxa de
efetivação em 2018.
“Do total de vagas
temporárias oferecidas pelas atividades envolvidas com a Páscoa, 7,7% deverão
se tornar postos de trabalho efetivo”, disse Fabio Bentes, acrescentando
que é o maior percentual em três anos.
“Além de impactos
positivos decorrentes da reforma trabalhista, contribui decisivamente para uma
maior absorção de trabalhadores temporários o momento mais favorável do varejo
brasileiro de alimentos, que vive seu melhor momento em mais de três anos”.
Os 10 mil postos de trabalho temporários gerados pelo
aumento das vendas é ligeiramente superior às 10,5 mil postos gerados na Páscoa
passada. Os maiores demandantes de trabalho temporário deverão ser os hiper,
super e minimercados, respondendo por aproximadamente 62% do total de postos oferecidos.
O salário médio de admissão no varejo deverá ser de aproximadamente R$ 1.220, o
que representará um avanço de 4,5% em relação àquele percebido na Páscoa de
2017.
“Os
estabelecimentos do varejo alimentício, tais como hiper, super e minimercados,
além das lojas especializadas em produtos associados à Páscoa, deverão faturar
cerca de R$ 2,2 bilhões com as vendas voltadas para a Semana Santa deste ano”,
estima a entidade. A avaliação da CNC é de que “a queda de 8% nos preços dos chocolates, de 3,8% no do azeite de oliva,
apesar do crescimento de 0,2% no preço dos pescados” (conforme dados do
IPCA-15 [Índice Nacional de Preços ao Consumidor 15, do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE)] “deverá
estimular o crescimento das vendas”. Em contrapartida, a CNC avalia que os
aumentos de 7,7% dos preços dos combustíveis e de 6,7% no das passagens
rodoviárias intermunicipais deverão atingir aqueles que pretendem se deslocar
durante a Semana Santa. A Confederação ressalta o fato de que as projeções da
entidade “se baseiam nos aspectos
sazonais das vendas, levando-se ainda em consideração as tendências de evolução
dos níveis de ocupação e renda e, principalmente, as variações dos preços de
produtos relacionados com essa data”.
Fonte: Agência Brasil
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