A previsão climática é
realizada pelos núcleos de meteorologia do Nordeste com o apoio de Instituições
Federais como o INMET e o CPTEC/INPE, que utilizam ferramentas como modelos de
previsão climática e conhecimentos específicos. Para essas análises são
utilizadas informações referentes aos oceanos Pacífico e Atlântico. Para 2018,
observou-se a presença do Fenômeno La Niña no Oceano Pacífico, situação que é
favorável a ocorrência de chuva na região Nordeste. Para o caso do oceano
Atlântico Norte foi observado uma evolução favorável entre os meses de
dezembro/17 a fevereiro/18 no que diz respeito as temperaturas do Atlântico
Norte e Atlântico Sul. Essas condições descritas continuam presentes e o fato
de março de 2018 ainda não ter chovido de forma normal está relacionado com a
variação intrasazonal, que pode ser traduzida como a presença de subsidência
(alta pressão), causada por uma onda planetária na sua fase positiva sobre o
Nordeste Brasileiro. Essa onda planetária, figura acima- é uma oscilação que
circula o planeta, apresentado fases positivas e negativas, quando positiva
(cor amarelada na figura), o ar desce sobre uma determinada região dificultando
a formação de chuvas, quando a fase é negativa (cor azul na figura), o ar é forçado
a subir e facilita a formação de chuvas. Existe boa correlação estatística com
o que ocorre na região da Oceania, de que 30 a 60 dias viria a ocorrer sobre a
região Nordeste do Brasil. Como a figura acima mostra, estamos ainda sob a
influência da fase positiva e nos próximos dias essa fase deverá mudar,
entrando numa fase mais favorável para a ocorrência de chuvas sobre a região
Nordeste. Esse mesmo sistema causou boas chuvas durante o mês de fevereiro/18,
quando estava na fase negativa. Essa
situação causada por essa onda planetária deverá permanecer por mais alguns
dias (dias 19 a 20 de março de 2018), quando, então as condições para
ocorrência de chuvas deverão voltar a acontecer sobre a região.
Fonte: Emparn
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