quinta-feira, 26 de abril de 2018

Geraldo Melo: opção para dar “tamboretada” em Robinson, Carlos Eduardo, Fátima…

Sopra um vento forte no Rio Grande do Norte, que transforma o tempo, que traz alegria. Vento diferente que faz o meu povo sonhar de novo, como há muito não se via… A música iniciada com esses versos ainda permanece viva no consciente de muitos potiguares e embalou uma das campanhas políticas mais disputadas do Estado. Em 1986, Geraldo Melo foi eleito governador batendo o trio “João, Lavô e Jajá”. E seu nome ressurge forte em 2018, talvez até para tentar ocupar a cadeira de Robinson Faria. O “Tamborete”, como é chamado carinhosamente por seus eleitores, ressurgiu nos últimos meses no cenário político. Trocou o então PMDB pelo PSDB. Tem falado sobre a possibilidade de ser candidato a senador, cargo que exerceu entre 1995 e 2003, mas existe um movimento nos bastidores que defende seu retorno ao comando do Executivo Estadual. Orador dos mais talentosos, Geraldo Melo fala pausadamente. Usa vírgulas e pontos no momento certo. Questiona sem agredir. É um excelente contador de histórias, até porque participou de alguns dos fatos mais importantes da recente política brasileira, ao lado de nomes como Tancredo Neves, Ulysses Guimarães e Aluizio Alves.
Potiguar de Campo Grande, empresário, foi secretário estadual, vice-governador, governador, vice-presidente do Senado e senador.
Sua última disputa foi em 2006, quando candidatou-se ao Senado, pelo PSDB, e terminou em terceiro lugar, ficando Rosalba Ciarlini em primeiro e Fernando Bezerra em segundo. Desde então, um dos políticos mais respeitados do Estado mergulhou por um longo período e emergiu levantando a poeira das estradas, viajando pelo interior, participando de reuniões, ouvindo mais que falando, concedendo entrevistas. Admite que seu nome está à disposição para uma candidatura ao Senado.
Fontes ouvidas pelo Portal Aqui RN, que preferem não se identificar até porque algumas são, teoricamente, adversárias de Geraldo Melo, revelam a existência de uma corrente favorável à sua candidatura ao Governo do Rio Grande do Norte. Alguns dos argumentos: ele tem uma experiência incontestável, é ficha limpa, fala bem, impõe respeito, nunca esteve envolvido em escândalos e teria entre suas principais bandeiras da campanha a defesa da recuperação financeira do Estado, gestão moderna da máquina pública e a implementação de um programa de Segurança Pública eficiente, com o objetivo de devolver aos potiguares, pelo menos, o direito de circular pelas ruas longe dos ataques criminosos, que hoje aterrorizam todo mundo. “No tempo de Geraldo Melo governador, o povo podia dormir com as portas das casas abertas”, lembra uma fonte.
Sem adversários à altura
Geraldo Melo candidato ao Senado concorreria, principalmente, com Garibaldi Alves Filho, José Agripino Maia e, provavelmente, Zenaide Maia.
Garibaldi, o “Gari”, “dono de um milhão de votos”, é populista, manhoso, cara de bom moço, articuladíssimo, ex-governador, bem relacionado e, embora enfrente denúncias de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Operação Lava-Jato, aparece como primeiro nas intenções de voto para continuar no mandato.
José Agripino, “Jajá”, foi até pouco tempo presidente do Democratas. Homem de livre acesso aos principais gabinetes do Governo Federal, também ex-governador, assim como o colega Garibaldi é investigado pela Operação Lava-Jato e, segundo comenta-se na Assembleia Legislativa do RN, está ameaçado por Zenaide Maia, deputada federal que recebe o apoio da senadora Fátima Bezerra, do PT.
Analistas políticos acreditam que a luta pelo Senado seria mais difícil, mas são quase unânimes em afirmar que Geraldo não teria “maiores dificuldades” na disputa pelo Governo, pois enfrentaria, pelo nomes postos até agora como pré-candidatos: Robinson Faria (governador que atrasa salários, não cumpriu a promessa de melhorar a segurança, enfrenta ira dos servidores públicos), Fábio Dantas (vice-governador que rompeu politicamente com Robinson Faria há poucos dias e passou a condenar a gestão da qual fez parte e defendia com unhas e dentes), Carlos Eduardo Alves (renunciou ao cargo de prefeito de Natal, contrariando o que havia dito aos eleitores, e está na mira de denúncias que prometem abalar as estruturas de sua gestão, com ilegalidades que teriam partido da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos), Fátima Bezerra (senadora do PT, com atuação na área da Educação, mas que tem sido alvo de críticas por gritar nos quatro cantos que o ex-presidente Lula é inocente e está sendo vítima de perseguição, enquanto as investigações da Policia Federal e do Ministério Público Federal afirmam exatamente o contrário, tanto que ele está atrás das grades há quase um mês) e Clorisa Linhares (vereadora da cidade de Grossos, ligada ao deputado estadual Kelps Lima, do Solidariedade, que vai precisa de muito trabalho para chegar a ser, pelo menos, conhecida em todo o Estado).
Geraldo Melo também contaria com o apoio de oito deputados estaduais – dos 24 -, todos do seu partido, incluindo o presidente Casa, Ezequiel Ferreira de Souza, “queridinho” de dezenas de prefeitos e vereadores do RN, pela posição que ocupa e pelo bom articulador que é.
O slogan da vitoriosa campanha de 1986 foi “Novos Ventos, Novos Tempos”. Embora não admita que poderia disputar o Governo do Rio Grande do Norte, 32 anos depois, Geraldo Melo, como bem sabem seus amigos, não é homem de fugir dos desafios.
“Tem um grupo de empresários, universitários, lideranças políticas e comunitárias, comunicadores, dispostos a ir para as ruas e redes sociais defender o nome de Geraldo como candidato a governador. Desses que se apresentam como pré-candidatos ao Governo, nenhum é capaz de superá-lo, nem mesmo em um debate”, revela um tradicional político potiguar.
Fonte: Portal Aqui RN

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