Quase meio milhão de usuários do Facebook no Brasil tiveram
seus dados coletados e repassados irregularmente à empresa de consultoria e
marketing digital Cambridge Analytica, com base no Reino Unido. A plataforma
anunciou que enviaria mensagem aos internautas envolvidos no vazamento com
informações sobre o ocorrido. Segundo a assessoria de Facebook no Brasil, as
pessoas cujos dados foram vazados receberão uma mensagem na linha do tempo
(newsfeed) contendo um link no qual poderão saber quais informações foram
coletadas e de que maneira estas foram utilizadas. Os dados foram vazados para
a empresa Cambridge Analytica por um desenvolvedor que usou um aplicativo de
teste de personalidade para acessar os dados. Essas informações teriam sido
usadas pela consultoria britânica para influenciar eleições em diversos países.
Reportagens publicadas nos jornais New York Times (EUA), The Guardian (Reino
Unido) e no canal de TV britânico Channel 4 (Reino Unido) divulgadas em março
trouxeram a denúncia de um ex-funcionário relatando como os dados foram
trabalhados pela firma para influenciar eleições, em especial o pleito dos
Estados Unidos de 2016. Na matéria da emissora de TV, dirigentes da empresa
relatam que começariam a atuar no Brasil. A companhia firmou parceria com a
Agência Ponte. Contudo, em março, a Ponte informou que não renovou o contrato
com a consultoria. No último dia 04 de abril, o diretor de tecnologia do
Facebook, Mike Schroepfer, publicou mensagem no site da plataforma na qual
afirmou que o número de pessoas atingidas chegaria a 87 milhões, bem maior do
que os 50 milhões informados pelas reportagens detonadoras do escândalo. A
maioria (70,6 milhões) é formada por cidadãos dos EUA, mas o vazamento também
incluiu 1,1 milhão de pessoas das Filipinas, 1 milhão da Indonésia, 1 milhão do
Reino Unido, 789 mil do México, 622 mil do Canadá, 562 mil da Índia e 443 mil
do Brasil. Questionada pela Agência Brasil, a assessoria de imprensa do Facebook
afirmou que a resposta da empresa abrange a notificação dos usuários envolvidos
no vazamento e medidas para reduzir riscos e aumentar o controle das pessoas
sobre as informações usadas por aplicativos. A notícia é da Agência Brasil.
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