O diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico
(ONS), Luís Eduardo Barata, informou que a bandeira tarifária deverá continuar
vermelha em agosto, uma vez que o país enfrenta adversidades climáticas em
razão da falta de chuva, predominante agora em julho. A bandeira tarifária
vermelha (patamar 2) tem o custo adicional na conta de luz de R$ 5 a cada 100
kWh (quilowatts-hora) consumidos. A repetição da bandeira do mês de junho
deve-se à manutenção das condições hidrológicas desfavoráveis e à tendência de
redução no nível de armazenamento dos principais reservatórios do Sistema
Interligado Nacional (SIN).
“A bandeira vermelha
deve continuar em agosto e a tendência é de que ela deva permanecer até o final
do período seco. A situação hidrológica encontra-se em situação adversa de norte
a sul do país e a chuva não cai”, explicou.
Eduardo Barata, no entanto, afastou o risco de
desabastecimento de energia elétrica. “A energia estará mais cara, embora não
haja risco de desabastecimento. Mas com certeza a um custo [da energia] bem
maior. Isto significa que é importante que se reduza o consumo, o que também
consequentemente acarretará na redução do custo para o consumidor final. Reduz
o consumo, reduz o custo”, disse.
O diretor geral disse que trabalha com a expectativa da
chegada do fenômeno conhecido como El Niño, que vem trazendo chuvas para o Sul
do país e deverá melhorar a situação hidrológica da região e, consequentemente,
também melhorar a oferta de energia elétrica nos estados da região.
“O que tem acontecido
hoje é que como não vem chovendo nesse período, e as chuvas no Sul estão muito
escassas, o Sudeste é que está tendo que fornecer energia para a região. Na
medida em que começar a chover no Sul, a gente começa a gerar [energia] por lá.
E aí o Sudeste é desonerado”.
Eduardo Barata disse que o que vem, em parte, contribuindo
para o fornecimento de energia no país, é a Região Nordeste, uma vez que as usinas
eólicas estão “bombando”.
“E este é um fenômeno
que deverá continuar pelos próximos dois meses, uma vez que esse período que
vai até setembro é o ponto alto dos ventos nos estados do Nordeste. São as
eólicas instaladas em grande quantidade na região, aliada às térmicas [usinas]
que seguram o suprimento de energia nos estados da região e ainda permite a
exportação do excedente pelo Sistema Interligado Nacional”.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário