segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Catadores temem que entrada em operação do aterro controlado de Assú signifique o fim do seu ‘ganha pão’


Desde a última sexta-feira, dia 29 de novembro o aterro controlado de Assú está em operação. Todo o resíduo sólido produzido pela população já está sendo depositado no local que fica numa área distante da sede urbana do município. A informação é do secretário de serviços públicos Samuel Fonseca. Com o funcionamento do aterro controlado, o antigo lixão da Lagoa do Ferreiro está sendo desativado. Os catadores que trabalham no local há bastante tempo enxergam um futuro incerto.
É do lixão que tiramos o nosso sustento. Agora não sabemos como vai ficar. Esperamos que sejamos aproveitados nesse novo espaço para fazer o que já fazemos a muito tempo. Vivemos no meio dos porcos e dos urubus. Mas esse é o nosso trabalho e não temos outro”, disse Alzeneide Ventura Ribeiro. Ela trabalha como catadora a doze anos e conta que veio de Guamaré para Assú e no lixão encontrou a forma de garantir o seu sustento e de duas filhas de quatro e treze anos de idade.
Na manhã desta segunda-feira, uma comissão esteve na sede da Secretaria de Serviços Públicos para apresentar ao secretário Samuel Fonseca suas reivindicações.
Queremos trabalhar. O lixão sem atividade acaba com a renda de muitas famílias. Queremos saber que solução será dada para esse povo que precisa se sustentar. Tem gente que nunca trabalhou em outro lugar , pontuou João Elias que integra o grupo.
O secretário Samuel disse que existe “um cadastro de todos os catadores” e será feita uma análise a qual definirá quem será ou não aproveitado para trabalhar no aterro controlado de Assú.
Quanto aos resíduos existentes no lixão o auxiliar da administração municipal disse que não será retirado.
Vai ficar e faremos um trabalho de tratamento da área para que seja futuramente aproveitada, arborizada proporcionando mais qualidade de vida”, concluiu.

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