terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Projeto de lei cria conta de compensação para minimizar alta no preço dos combustíveis

Um projeto de lei que tramita no Senado Federal pretende solucionar a alta no preço dos combustíveis. O senador Jean Paul Prates (PT/RN), relator do projeto, detalhou como funcionaria a proposta: uma conta de compensação seria criada com o objetivo de garantir que os investidores da Petrobras continuem recebendo de acordo com o preço de paridade de importação (PPI) e, ao mesmo tempo, a gasolina, o diesel e o GLP cheguem a um custo mais baixo aos consumidores.

Vamos atacar de uma solução que eu chamaria de 80% paliativa, onde a gente garante para o refinador e importador o preço de marcado, o tal PPI, e para o consumidor você quer chegar com um preço mais baixo, defasado, cortando as arestas das grandes altas e baixas e fazendo uma conta de compensação”.

A conta de compensação, segundo Prates, teria origem em cinco fontes: os dividendos com o lucro do petróleo que a Petrobras pagou ao Governo Federal; royalties de participação governamentais livres; reservas cambiais; imposto de exportação sobre o petróleo bruto e superávit financeiro de fontes de livre aplicação.

O economista Benito Salomão diz que é preciso aguardar mais detalhes sobre a origem dessas fontes de recursos, porque, a princípio, ele entende que alguma parte do orçamento pode ficar descoberta. Segundo Benito, a ideia de criar um fundo de compensação para que o preço da gasolina seja mais estável pode ser viável, mas existem outros modelos.

Você fixa um preço doméstico do combustível. No momento em que o preço internacional estiver abaixo do preço doméstico, isso significa que você vai comprar gasolina mais barata fora do Brasil do que vendendo aqui dentro, você capitaliza um fundo de compensação com esses recursos do diferencial de preço doméstico para o preço internacional”.

A proposta já foi aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do PSD de Minas Gerais, já sinalizou que pretende colocar o projeto de lei na pauta do Plenário ainda em fevereiro. Se aprovada, a proposta segue para a Câmara dos Deputados.

Fonte: Brasil 61

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