O Governo do Estado lançou nesta quinta-feira (24), o Plano
de Contingência de Inundações do Baixo-Açu. O plano define as medidas de ação
em caso de inundação nos municípios de Assú, Ipanguaçu, Alto do Rodrigues,
Pendências, Porto do Mangue e Macau.
“Viemos aqui com nossa equipe de governo lançar este
plano, que é resultado de muito trabalho, para nos anteciparmos a uma possível
situação de emergência na região, em consequência de ocorrências de fortes
chuvas”, afirmou a governadora Fátima Bezerra em ato no Cinema Teatro Pedro
Amorim, no centro de Assú.
A previsão de chuvas na região para o período de março,
abril e maio próximo, feita pelo setor de meteorologia da Emparn, é de 350
milímetros, como informou o meteorologista Gilmar Bristot. Na quarta-feira
(23), ao apresentar o prognóstico sobre a quadra chuvosa no Semiárido do
Nordeste, Bristot informou que uma das peculiaridades do inverno de 2022 é a
possibilidade de ocorrerem chuvas com mais frequência nas cabeceiras dos rios,
o que beneficiaria a recomposição dos reservatórios como a Barragem Armando
Ribeiro, que acumula hoje 46% da capacidade total, que é de 2,37 bilhões de
metros cúbicos.
A governadora informou que o Governo do Estado investiu R$
5 milhões para equipar e modernizar o sistema de monitoramento de chuvas da
Emparn.
“Temos hoje o que há de melhor na tecnologia para que
possamos prevenir dificuldades. E esta tecnologia foi usada para elaborarmos o
plano. O Vale do Açu é região sensível a inundações e alagamentos, por isso
estamos aqui para dialogar com os setores público e privado. Tivemos problemas
há alguns anos que provocaram enormes prejuízos às pessoas e às empresas e produtores. A presença de vocês vejo como um compromisso
em somar esforços para agirmos em proteção à sociedade”, declarou aos
prefeitos dos municípios presentes ao ato.
NOVOS INVESTIMENTOS
Fátima Bezerra também anunciou investimentos de mais de R$
90 milhões que contemplam a reconstrução da RN-233 no valor de R$ 73 milhões, a
instalação de um posto avançado do Corpo de Bombeiros para atender Assú e
outros 16 municípios do entorno beneficiando 200 mil habitantes, com
investimento de R$ 3,5 milhões. Mais R$ 3,2 milhões serão investidos na reforma
do Hospital Regional de Assú.
A chefe do Executivo confirmou para amanhã o acionamento da
comporta da Barragem do Pataxó, e a assinatura, nos próximos dias, da ordem de
serviço para segunda fase da reforma da Barragem no valor de R$ 11 milhões. A
primeira etapa da recuperação de Pataxó realizada pelo atual Governo permitiu a
irrigação de 6 mil hectares que estão sendo cultivados e gerando seis mil
empregos diretos.
Para o coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil,
coronel Marcos Carvalho, o plano considera diversos fatores, com diferentes
cenários.
“Inclusive aqueles mais extremos, para os quais precisamos
prever as ações e medidas necessárias de prevenção, urgência, emergência. Não
estamos dizendo que esse extremo vai, ou pode ocorrer amanhã, ou depois. Mas
devemos sempre considerar que é possível. E, havendo possibilidade, deve ser
contemplado no Plano de Contingência”, reforçou.
Em Assú a governadora esteve acompanhada dos secretários de
Estado de Gestão de Projetos, Metas e Relações Institucionais, Fernando
Mineiro; do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Jaime Calado; da Comunicação,
Daniel Cabral; Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), João Maria
Cavalcanti; Agricultura, Pecuária e Pesca (Sape), Guilherme Saldanha;
coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil (Copdec), coronel Marcos
Carvalho, subcoordenador da Copdec, Dawshen Viana; comandante do Corpo de
Bombeiros, coronel Luiz Monteiro; diretor-geral do DER, Manoel Marques; Rodrigo
Maranhão, diretor da Emparn; meteorologista da Emparn Gilmar Bristot;
diretor-geral do Instituto de Gestão de Águas do RN (Igarn), Auricélio Costa.
Também participaram os prefeitos dos municípios do
Baixo-Açu, o deputado estadual George Soares, representando a Assembleia
Legislativa, vereadores e secretários municipais.
AÇÕES DO PLANO DE CONTINGÊNCIA
o Ações de Monitoramento (Observação, medição e avaliação
repetitiva e continuada de dados técnicos, utilizando métodos comparativos);
Acompanhamento;
Alerta (Situação em que o perigo ou risco é previsível a
curto);
Alarme (Aviso, seja por sinal, dispositivo ou sistema,
sobre condições de risco imediato);
Socorro (Atendimento à população atingida);
Assistência às Vítimas;
Restabelecimentos dos Serviços Essenciais (Como
reconstrução de estradas, pontes, e retorno dos serviços de água e energia
etc.).
Possíveis impactos
Sociais:
5280 famílias desabrigadas ou desalojadas;
Cerca de 15.840 pessoas;
11% da população total dos municípios.
Econômicos:
Carcinicultura;
Indústria Salineira;
Fruticultura Irrigada;
Indústria Petrolífera;
Turismo;
Comércio;
Destruição de rodovias e pontes.
Fonte: Governo do Estado do Rio Grande do Norte
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