segunda-feira, 22 de outubro de 2018

CRUZEX 2018: Exercício multinacional da FAB reúne 14 países e mais de cem aeronaves

A 8ª edição reúne cerca de cem aeronaves de 14 países 
A Força Aérea Brasileira (FAB) realiza entre os dias 18 e 30 de novembro, em Natal (RN), a 8ª edição do Exercício Cruzeiro do Sul (CRUZEX).  Esta edição reúne cerca de cem aeronaves de 14 países. Brasil, Canadá, Chile, França, Peru, Uruguai e Estados Unidos participarão com militares e aviões. Bolívia, Índia, Suécia, Reino Unido e Venezuela participam como observadores. Portugal trará militares de forças especiais e, ao lado de Alemanha e França, vai ministrar palestras no seminário sobre o emprego do poder aéreo em missões da Organização das Nações Unidas.
O exercício organizado pela Força Aérea Brasileira permite que os tripulantes treinem o combate aéreo em operações combinadas, ou seja, diferentes nações atuando em cenários de conflito de maneira integrada e cooperativa, promovendo a troca de experiências entre os integrantes das forças aéreas participantes.
A CRUZEX permite o intercâmbio de competências operacionais. Além de estreitar os laços entre os países, possibilita agregar conhecimentos de outras nações que possuem experiências em cenários de ação conjunta”, afirma o diretor da CRUZEX, brigadeiro Luiz Guilherme Silveira de Medeiros.
O exercício permite a troca de experiências entre os integrantes das forças aéreas participantes
A CRUZEX é o maior exercício de combate aéreo multinacional e conjunto - pois também reúne Exército e Marinha - realizado pela FAB
Cenários de guerra não convencional
Uma das novidades desta edição da CRUZEX é a adição do treinamento em cenários de guerra não convencional, no inglês UW scenario- sigla para Unconventional Warfare, onde o combate é contra forças insurgentes ou paramilitares e não entre dois Estados constituídos. Trata-se de situações encontradas em missões onde atua a Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo o diretor do exercício, a importância para a FAB treinar esse cenário não convencional reside na possibilidade de o Brasil enviar aeronaves para integrar missões da ONU.
Se acontecer, precisamos estar preparados”, afirmou o brigadeiro Medeiros. A CRUZEX vai permitir aos brasileiros treinarem ao lado de militares estrangeiros que já realizam esse tipo de missão no contexto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
A CRUZEX possibilita agregar conhecimentos de outras nações
Os cenários preparados para o treinamento envolvem guerra convencional e não convencional.  No cenário de guerra convencional, serão realizados os chamados “COMAOs”, sigla em inglês para Composite Air Operations, um ‘pacote’ com cerca de 40 a 50 aeronaves de naturezas distintas. As aeronaves decolam em sequência para - em tempo e espaço limitados - realizar missões com objetivos comuns ou complementares
Aeronaves e delegações
Os países participantes deslocarão aeronaves de caça, como os F-16 norte-americanos e chilenos; cargueiros e reabastecedores, como os CC-130J canadenses. Os EUA participam com aproximadamente 130 militares, um reabastecedor KC-135 e seis caças F-16. A Força Aérea Chilena participa com um esforço muito semelhante: são cinco caças F-16 e um reabastecedor KC-135. A delegação, entre pilotos e equipes de manutenção, terá em torno de 90 militares. Essa é a quarta vez que o Chile participa da CRUZEX.
Com informações e fotos da FAB
O Peru trará quatro caças A-37 e quatro caças Mirage 2000, com uma comitiva em torno de cem militares. A França participa com um cargueiro C-235; o Canadá com dois cargueiros CC-130J; e o Uruguai com quatro caças A-37. A Força Aérea Brasileira deslocará para a Ala 10 em torno de 70 aeronaves de múltiplas aviações, além dos caças AF-1 da Marinha do Brasil, que participarão pela primeira vez do exercício. 

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