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Salgadinhos de pacote, biscoitos recheados, doces e
outras guloseimas fazem cada vez mais parte do cardápio dos adolescentes
brasileiros. No estado do Rio Grande do Norte, 54% deles consomem esses
produtos industrializados. Um dos reflexos desse mau hábito alimentar é que o
número de obesos nessa faixa-etária cresceu 110% nos últimos 10 anos! A
diretora do Departamento de Vigilância de Doenças Crônicas do Ministério da
Saúde, Fátima Marinho, alerta para as consequências.
“O ritmo hoje de
vida é muito mais pra gente ir no industrializado, né? Mas é isso que está
matando a gente. Não tem [o ditado]
peixe morre pela boca? Todo mundo morre pela boca. Porque se a gente
come determinados produtos em grande quantidade e come pouca comida fresca, nós
somos candidatos a doenças crônicas. E isso é pro resto da vida. Depois que
você adquire uma diabetes, ou tem um câncer, ou uma doença cardiovascular, é
uma condição que você vai ter que conviver com ela. Mas fácil trabalhar na sua
saúde, não é? E a saúde começa com uma boa alimentação”.
Segundo a técnica da Coordenação de Alimentação e
Nutrição do Ministério da Saúde Simone Guadagnin, existem várias formas simples de preparo de lanches e
refeições que podem ajudar desde crianças até idosos. Acompanhe as dicas:
“Faça de alimento
in-natura ou minimamente processados a base da sua alimentação. Uma outra
recomendação é utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades
quando estivermos na cozinha preparando nossos alimentos. A terceira dica
prática é limitar o consumo de alimentos processados, consumindo em pequenas
quantidades ou como ingredientes de preparação culinária. E a quarta dica é
evitar o consumo de alimentos ultra processados. E quando a gente fala de estilo
de vida saudável a gente não pode falar só de uma alimentação saudável. A gente
precisa também recomendar que seja incluída no dia a adia a prática de
atividades físicas com regularidade”.
O Guia Alimentar para a População Brasileira do
Ministério da Saúde mostra que é simples ter uma alimentação saudável. O
documento está disponível de forma gratuita. Basta acessar o portal www.saude.gov.br e escolher o assunto
Atenção Básica no canto esquerdo da tela.
Reportagem, Aline do Valle – Agência do Rádio
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