A 8ª edição reúne cerca de cem aeronaves de 14 países
A Força Aérea Brasileira (FAB) realiza entre os dias 18 e
30 de novembro, em Natal (RN), a 8ª edição do Exercício Cruzeiro do Sul
(CRUZEX). Esta edição reúne cerca de cem
aeronaves de 14 países. Brasil, Canadá, Chile, França, Peru, Uruguai e Estados
Unidos participarão com militares e aviões. Bolívia, Índia, Suécia, Reino Unido
e Venezuela participam como observadores. Portugal trará militares de forças
especiais e, ao lado de Alemanha e França, vai ministrar palestras no seminário
sobre o emprego do poder aéreo em missões da Organização das Nações Unidas.
O exercício organizado pela Força Aérea Brasileira permite
que os tripulantes treinem o combate aéreo em operações combinadas, ou seja,
diferentes nações atuando em cenários de conflito de maneira integrada e cooperativa,
promovendo a troca de experiências entre os integrantes das forças aéreas
participantes.
“A CRUZEX permite o
intercâmbio de competências operacionais. Além de estreitar os laços entre os
países, possibilita agregar conhecimentos de outras nações que possuem
experiências em cenários de ação conjunta”, afirma o diretor da CRUZEX,
brigadeiro Luiz Guilherme Silveira de Medeiros.
O exercício permite a troca de experiências entre os integrantes das forças aéreas participantes
A CRUZEX é o maior exercício de combate aéreo
multinacional e conjunto - pois também reúne Exército e Marinha - realizado
pela FAB
Cenários de guerra não convencional
Uma das novidades desta edição da CRUZEX é a adição do
treinamento em cenários de guerra não convencional, no inglês UW scenario-
sigla para Unconventional Warfare, onde o combate é contra forças insurgentes
ou paramilitares e não entre dois Estados constituídos. Trata-se de situações
encontradas em missões onde atua a Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo
o diretor do exercício, a importância para a FAB treinar esse cenário não
convencional reside na possibilidade de o Brasil enviar aeronaves para integrar
missões da ONU.
“Se acontecer,
precisamos estar preparados”, afirmou o brigadeiro Medeiros. A CRUZEX vai
permitir aos brasileiros treinarem ao lado de militares estrangeiros que já
realizam esse tipo de missão no contexto da Organização do Tratado do Atlântico
Norte (OTAN).
A CRUZEX possibilita agregar conhecimentos de outras nações
Os cenários preparados para o treinamento envolvem guerra
convencional e não convencional. No
cenário de guerra convencional, serão realizados os chamados “COMAOs”, sigla em
inglês para Composite Air Operations, um ‘pacote’ com cerca de 40 a 50
aeronaves de naturezas distintas. As aeronaves decolam em sequência para - em
tempo e espaço limitados - realizar missões com objetivos comuns ou
complementares
Aeronaves e delegações
Os países participantes deslocarão aeronaves de caça,
como os F-16 norte-americanos e chilenos; cargueiros e reabastecedores, como os
CC-130J canadenses. Os EUA participam com aproximadamente 130 militares, um
reabastecedor KC-135 e seis caças F-16. A Força Aérea Chilena participa com um
esforço muito semelhante: são cinco caças F-16 e um reabastecedor KC-135. A
delegação, entre pilotos e equipes de manutenção, terá em torno de 90
militares. Essa é a quarta vez que o Chile participa da CRUZEX.
Com informações e fotos da FAB
O Peru trará quatro caças A-37 e quatro caças Mirage
2000, com uma comitiva em torno de cem militares. A França participa com um
cargueiro C-235; o Canadá com dois cargueiros CC-130J; e o Uruguai com quatro
caças A-37. A Força Aérea Brasileira deslocará para a Ala 10 em torno de 70
aeronaves de múltiplas aviações, além dos caças AF-1 da Marinha do Brasil, que
participarão pela primeira vez do exercício.
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