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O mês de janeiro deste ano no Rio Grande do Norte teve um
menor volume de chuvas do que o registrado no mesmo período do ano passado. O
cenário, segundo análise pluviométrica da Empresa de Pesquisa Agropecuária do
RN (Emparn), foi o seguinte: dos 167 municípios, 57%, ou seja, 96 foram
classificados com clima seco e muito seco. Em janeiro de 2016, o registro foi
de 24 municípios com clima ‘muito seco’. Porém, para Gilmar Bristot, gerente de
Meteorologia da Emparn, a diferença no volume das chuvas no primeiro mês do ano
é considerado normal e a falta de chuvas no Estado só começa a preocupar a
partir de meados de fevereiro. De acordo com o mapa do monitoramento
pluviométrico disponível no site da Emparn, no ano passado, o mês de janeiro
foi de boas chuvas no RN para 100 municípios classificados como "muito
chuvoso" e 33 como "chuvoso". Já neste ano, o número de
municípios "muito chuvosos" caiu para dois, enquanto os
"chuvosos" reduziu para sete. Segundo Bristot, janeiro é um mês que
pode ter muita ou pouca chuva no RN e a variação se deve à atuação dos sistemas
meteorológicos transientes no Estado. No ano passado, uma vórtice ciclônico de
ar superior atingiu o território potiguar e a média de precipitações foi de
160mm. Já neste ano, esses sistemas atuaram mais nos estados do Ceará, Piauí e
Pernambuco, deixando o primeiro mês do ano com características de muito seco
para o RN, com mais chuvas em cidades do Alto Oeste potiguar.
“A variação em
janeiro é normal. Só a partir de meados de fevereiro que a ausência de chuvas
implica mais e começa a preocupar”, explicou Bristot. A previsão da Emparn
é que os próximos dias sejam de ocorrências de chuvas isoladas mais
generalizadas no território potiguar. Após cinco anos de seca, o RN deverá
apresentar chuvas variando da normalidade à acima do normal no período de
fevereiro a abril. O prognóstico é baseado nas análises feitas durante o XIX
Workshop Internacional de Avaliação Climática para o Semiárido Nordestino, em
janeiro. A probabilidade é de que as chuvas ocorram com grande variabilidade
temporal, mas sem fenômenos impeditivos que configurem uma situação de seca. De
acordo com os meteorologistas, o fenômeno "La Niña" no Oceano
Pacífico, que poderia impedir chuvas, está enfraquecido e deverá desaparecer
nos próximos meses. No dia 20 de fevereiro, os meteorologistas se reúnem em
Natal para analisar os dados e dar novo prognóstico para os estados nordestinos
no período entre março e junho.
Fonte: Assessoria de imprensa da FEMURN.
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