O Ministério da Educação prevê implantar o programa de
ensino médio integral em até 572 escolas públicas brasileiras. No total são 257.400
vagas, divididas por estado de acordo com a população. A lista com a portaria
de fomento à implantação de escolas em tempo integral foi publicada no Diário
Oficial da União desta terça-feira (11). Para aderir ao programa, o estado
precisa apresentar um projeto pedagógico que será avaliado pelo Ministério da
Educação. O prazo de adesão dos estados ainda não foi divulgado. De acordo com
a portaria, o cronograma será estabelecido pela Secretaria de Educação da
Básica do MEC. Para cada vaga de ensino médio integral (ou seja, com alunos
permanecendo na escola por, em média, sete horas ao dia), o governo federal
promete pagar à rede de ensino R$ 2 mil por ano, durante quatro anos. O repasse
às escolas será calculado anualmente, realizado em duas parcelas. O programa de
fomento ao ensino médio integral foi anunciado pelo governo federal no dia 22
de setembro, junto com a medida provisória de reforma do ensino médio. Um dos
pontos da nova lei, que altera a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), determina que
a carga horária mínima anual do ensino médio, atualmente de 800 horas, “deverá
ser progressivamente ampliada, no ensino médio, para 1.400 horas”, ou seja, em
tempo integral. A regra, porém, está vinculada à meta 6 do Plano Nacional de
Educação (PNE), que prevê que, até 2024, 50% das escolas e 25% das matrículas
na educação básica (incluindo os ensinos infantil, fundamental e médio) estejam
no ensino de tempo integral. Atualmente, de acordo com o Censo Escolar, o
Brasil tem, somando todas as etapas da educação básica, 18% das matrículas em
tempo integral, principalmente nas creches. Segundo a portaria, cada edição do
programa terá duração de 48 meses para implantação, acompanhamento e mensuração
de resultados. Cada estado poderá aderir ao programa atendendo o número mínimo
de 2.800 alunos, o máximo varia de acordo com a população e chega até 30
escolas. A prioridade é para as escolas localizadas em regiões de vulnerabilidade
social. O programa deverá ser implementado até o fim do primeiro semestre de
2017. A carga horária estabelecida na proposta curricular deve ser de, no
mínimo, 2.250 minutos semanais, com um mínimo de 300 minutos semanais de língua
portuguesa, 300 minutos semanais de matemática e 500 minutos semanais dedicados
para atividades da parte flexível. Para se manter no programa, as secretarias
da educação terão de reduzir a média de abandono e reprovação entre os alunos
cumulativamente, conforme dados do Censo Escolar. O MEC também vai utilizar
como avaliação a taxa de participação mínima de 75% no Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem). O desempenho no exame deve estar 15 pontos acima da média geral
do estado ou Distrito Federal. A notícia é da assessoria de imprensa da
Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (FEMURN).
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