Ainda repercute de forma negativa, sobretudo nas redes
sociais a aprovação de forma unanime da lei Lei 958 no último dia 06 de
setembro que autoriza a criação do Vale Alimentação para os 15 vereadores e os
servidores efetivos da Câmara Municipal do Assú. Muitas são as opiniões
contrárias a aprovação e o desejo é que todos os vereadores que compõem a atual
legislatura sejam lembrados pelos eleitores na próxima disputa, uma vez que no
entendimento da população estes estão legislando em causa própria. O que mais
pesa e desagrada aos moradores de Assú é o fato de os vereadores, todos eles
que já ganham um salário de oito mil reais e têm recesso de cinco meses por ano
posto em prática entre cada período ordinário de sessões ainda vão receber o
que chamam de Auxilio Alimentação ultrapassando a marca dos mil reais. Para ser
exato o valor é de 1.040 reais. Os demais valores estão assim distribuídos
entre os servidores efetivos da Casa.
Quem possui nível superior é contemplado com 351 reais de
Auxílio Alimentação. Já quem tem nível médio vai perceber aumento de 157 reais e
os demais, 133 reais e 50 centavos. O texto da lei foi publicado no Diário
Oficial do Município. No último sábado, dia 09 ao participar do programa Sala
de Redação na Rádio Princesa do Vale o vereador do Partido Solidariedade, Francisco
de Assis Souto – Tê tentou minimizar a polêmica dizendo que não são apenas os
vereadores que vão receber o Auxílio, pois também contempla os servidores da
Câmara Municipal. Mas puxou brasa para a sardinha alegando que os vereadores
também são servidores e têm esse direito. Esclareceu que o projeto é de autoria
do presidente do Legislativo, João Wallace (PR) e que a participação do prefeito
do município Gustavo Soares do mesmo partido foi apenas sancioná-lo para que se
tornasse lei.
Mas o que o povo quer, nenhum dos vereadores fez até agora
que é abrir mão desse benefício. E que benefício. A vereadora Delkiza Cavalcante
(PSDC) emitiu uma nota. Em determinado trecho diz, “optamos em votar sim, mas refletindo a partir das discussões e diálogos
sugeridos por familiares, amigos e a comunidade em geral, despertamos que o
nosso ‘sim’ ao projeto foi equivocado. Desta forma, e respeitando a todos que
confiaram no nosso compromisso visando ao interesse público e ao bem-estar da
população”.
A vereadora não abriu mão do Auxílio assim como os demais
que precisam entender que o desejo da população é exatamente esse. Qualquer
decisão que não seja revogar o que eles mesmos aprovaram repercutirá
negativamente perante a opinião pública.
Na nota a vereadora acrescenta.
“Estamos assumindo
a decisão de transferir para benefício da comunidade, doando entre as
instituições: SOS Animal, Associação Assuense de Taekwondo (ATT) e Associação
Esperança do Vale do Açu (sede em Assú), valor idêntico ao estabelecido pela
referida Lei, ou seja, R$1.040,00”.
Mas o remendo parece que ficou pior. Não vimos até o
fechamento desta matéria qualquer manifestação da SOS Animal ou da AAT. Já o
pastor Manoel Soares Moreira titular da II Igreja Batista da Convenção em Assú
a qual a Associação Esperança que trabalha na recuperação de dependentes químicos
é ligada se pronunciou imediatamente.
Enquanto isso um projeto de Iniciativa Popular está na
internet e quer ir além do fim do Auxílio Alimentação. Pleiteia a redução dos
salários de todos os vereadores de Assú, do prefeito Gustavo Soares (PR) e da
vice-prefeita Sandra Alves (PMDB). O texto é assinado pelo advogado Sanderson
Rodrigues de Macedo. Nesse momento, deve ter muita gente que lamentou não ter
sido eleito agradecendo aos céus por estar livre dessa pressão. Para ter acesso
ao teor do projeto e assinar a petição basta clicar aqui.
Apenas para curiosidade, como se procede a confirmação do nível de escolaridade dos colaboradores da prefeitura que foram beneficiados com a medida anunciada? ... existe transparência da informação para conhecimento e controle dos eleitores? ... fica o registro!
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