O novo presidente do BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social), Gustavo Montezano, pretende acelerar a
venda de participações do banco em empresas, devolver recursos ao Tesouro Nacional,
além explicar a chamada caixa preta, segundo apresentação interna feita pelo
executivo. Na apresentação, Montezano declarou que vai trabalhar no banco para
a devolução de até R$ 126 bilhões ao Tesouro.
Existe uma 'caixa-preta' do BNDES, como diz Bolsonaro?
“Ele falou em
devolver R$ 126 bilhões. Tem que fazer para chegar a isso. Mas como o
desembolso está baixo, acho que é possível”, disse uma fonte em condição de
sigilo.
Montezano deve tomar posse nos próximos dias,
substituindo Joaquim Levy, que deixou o cargo após ter sido criticado em
público pelo presidente Jair Bolsonaro. Outra meta de Montezano mostrada no
documento é acelerar a venda de participações detidas pelo do BNDES por meio de
seu braço BNDESPar em empresas como Petrobras e Vale.
“O presidente disse
que a ideia é transformar o BNDES numa agência especializada ou banco de
serviços do governo, em complemento ao mercado, e que a lucratividade não será
mais uma meta”, afirmou uma segunda fonte familiarizada com o assunto.
Montezano também definiu como objetivo em até oito
semanas “explicar a caixa preta”,
expressão usada pelo governo Bolsonaro para financiamentos dados pelo banco a
empresas brasileiras que prestaram serviços, em sua maioria de engenharia, a
países do exterior. Segundo Bolsonaro, os financiamentos tiveram viés ideológico
e causaram prejuízos ao país.
Consultado sobre a apresentação feita por Montezano, o
BNDES não se manifestou de imediato.
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