quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Projeto de iniciativa popular pede a diminuição salarial para prefeito, vice e vereadores de Assú

Ainda repercute de forma negativa, sobretudo nas redes sociais a aprovação de forma unanime da lei Lei 958 no último dia 06 de setembro que autoriza a criação do Vale Alimentação para os 15 vereadores e os servidores efetivos da Câmara Municipal do Assú. Muitas são as opiniões contrárias a aprovação e o desejo é que todos os vereadores que compõem a atual legislatura sejam lembrados pelos eleitores na próxima disputa, uma vez que no entendimento da população estes estão legislando em causa própria. O que mais pesa e desagrada aos moradores de Assú é o fato de os vereadores, todos eles que já ganham um salário de oito mil reais e têm recesso de cinco meses por ano posto em prática entre cada período ordinário de sessões ainda vão receber o que chamam de Auxilio Alimentação ultrapassando a marca dos mil reais. Para ser exato o valor é de 1.040 reais. Os demais valores estão assim distribuídos entre os servidores efetivos da Casa.
Quem possui nível superior é contemplado com 351 reais de Auxílio Alimentação. Já quem tem nível médio vai perceber aumento de 157 reais e os demais, 133 reais e 50 centavos. O texto da lei foi publicado no Diário Oficial do Município. No último sábado, dia 09 ao participar do programa Sala de Redação na Rádio Princesa do Vale o vereador do Partido Solidariedade, Francisco de Assis Souto – Tê tentou minimizar a polêmica dizendo que não são apenas os vereadores que vão receber o Auxílio, pois também contempla os servidores da Câmara Municipal. Mas puxou brasa para a sardinha alegando que os vereadores também são servidores e têm esse direito. Esclareceu que o projeto é de autoria do presidente do Legislativo, João Wallace (PR) e que a participação do prefeito do município Gustavo Soares do mesmo partido foi apenas sancioná-lo para que se tornasse lei.
Mas o que o povo quer, nenhum dos vereadores fez até agora que é abrir mão desse benefício. E que benefício. A vereadora Delkiza Cavalcante (PSDC) emitiu uma nota. Em determinado trecho diz, “optamos em votar sim, mas refletindo a partir das discussões e diálogos sugeridos por familiares, amigos e a comunidade em geral, despertamos que o nosso ‘sim’ ao projeto foi equivocado. Desta forma, e respeitando a todos que confiaram no nosso compromisso visando ao interesse público e ao bem-estar da população”.
A vereadora não abriu mão do Auxílio assim como os demais que precisam entender que o desejo da população é exatamente esse. Qualquer decisão que não seja revogar o que eles mesmos aprovaram repercutirá negativamente perante a opinião pública.
Na nota a vereadora acrescenta.
Estamos assumindo a decisão de transferir para benefício da comunidade, doando entre as instituições: SOS Animal, Associação Assuense de Taekwondo (ATT) e Associação Esperança do Vale do Açu (sede em Assú), valor idêntico ao estabelecido pela referida Lei, ou seja, R$1.040,00”.
Mas o remendo parece que ficou pior. Não vimos até o fechamento desta matéria qualquer manifestação da SOS Animal ou da AAT. Já o pastor Manoel Soares Moreira titular da II Igreja Batista da Convenção em Assú a qual a Associação Esperança que trabalha na recuperação de dependentes químicos é ligada se pronunciou imediatamente.
Enquanto isso um projeto de Iniciativa Popular está na internet e quer ir além do fim do Auxílio Alimentação. Pleiteia a redução dos salários de todos os vereadores de Assú, do prefeito Gustavo Soares (PR) e da vice-prefeita Sandra Alves (PMDB). O texto é assinado pelo advogado Sanderson Rodrigues de Macedo. Nesse momento, deve ter muita gente que lamentou não ter sido eleito agradecendo aos céus por estar livre dessa pressão. Para ter acesso ao teor do projeto e assinar a petição basta clicar aqui.

Um comentário:

  1. Apenas para curiosidade, como se procede a confirmação do nível de escolaridade dos colaboradores da prefeitura que foram beneficiados com a medida anunciada? ... existe transparência da informação para conhecimento e controle dos eleitores? ... fica o registro!

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