A Petrobras anunciou reajuste de 12,2% para o gás
liquefeito de petróleo (GLP) para uso residencial, o chamado gás de cozinha,
vendido em botijões de até 13 quilos. O aumento foi decidido pelo Grupo
Executivo de Mercado e Preços (Gemp) da empresa e começa a vigorar nesta
quarta-feira, dia 06 de setembro. Segundo
a Petrobras, o Gemp considerou para efeito de ajustes nos preços do gás para
uso residencial o cenário externo de estoques baixos, além dos reflexos de
eventos climáticos, como o furacão Harvey, na maior região exportadora mundial
do produto, que é a cidade de Houston, no Texas, Estados Unidos, cujos
terminais permanecem fora de operação, o que afeta o mercado internacional. Com
a menor disponibilidade de gás, os mercados consumidores, inclusive o brasileiro,
sofreram aumento de preço. A estatal afirmou, entretanto, que o reajuste
aplicado “não repassa integralmente a variação de preços do mercado
internacional”. O Gemp fará nova avaliação do comportamento do mercado no
próximo dia 21. A Petrobras destacou que o reajuste previsto foi aplicado sobre
os preços praticados sem incidência de tributos. Se for integralmente repassado
aos preços ao consumidor, a empresa indicou que “o preço do botijão de GLP P-13 pode ser reajustado, em média, em 4,2%
ou cerca de R$ 2,44 por botijão, isso se forem mantidas as margens de
distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos”.
A Petrobras reajustou também os preços de venda às
distribuidoras do GLP destinado aos usos industrial e comercial. Em nota, o
Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo
(Sindigás) estimou que o reajuste para o gás residencial ficará entre 11,3% e
13,2%, de acordo com o polo de suprimento. Como o aumento não repassa de forma
integral a variação de preços do mercado internacional, a entidade calculou que
o preço do produto destinado a embalagens até 13 quilos ficará 16,56% abaixo da
paridade de importação. Segundo o Sindigás, isso inibe investimentos privados
em infraestrutura no setor de abastecimento. Em relação ao reajuste nos preços
do gás industrial, para embalagens acima de 13 quilos, o Sindigás indicou que a
variação será entre 2,4% a 2,6%, dependendo do polo de suprimento. O sindicato
externou preocupação com o reajuste para o gás industrial, porque “afasta ainda mais o preço interno dos
valores praticados no mercado internacional, impactando justamente setores que
precisam reduzir custos”. De acordo com o Sindigás, esse aumento levará o
valor do produto destinado a embalagens maiores que 13 quilos a ficar 39,94%
acima da paridade de importação. A notícia é da Agência Brasil.
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