quinta-feira, 4 de abril de 2019

Águas de março: Chuvas no terceiro mês do ano ficaram acima da média histórica no estado, diz Emparn

Arquivo: Praça São João em Assú numa tarde chuvosa de março
A gerência de meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn) divulgou o relatório das chuvas no mês de março no Rio Grande do Norte concluindo que o volume fechou 4% acima da média histórica, além de um bom volume, também houve uma boa distribuição espacial e temporal das chuvas em quase todo o Estado. Destaque para a Região Oeste que, em média, encerrou o mês que costuma ser o mais chuvoso, com valores que superaram os 200 milímetros. Em todo o Estado, a região Oeste foi a mais castigada com os anos seguidos de seca. Segundo o meteorologista Gilmar Bristot, as chuvas abaixo de 100 mm concentraram-se basicamente na mesorregião Agreste, onde costuma chover com mais intensidade a partir de abril. O maior índice acumulado foi registrado no município de Martins com 425,4 mm. De acordo com a análise pluviométrica (disponível na página da Emparn na Internet), “a média climatológica utilizada no estudo refere-se aos postos pluviométricos com mais de 30 anos de dados, no período de 1963 a 2007”.
Na Mesorregião Oeste, o volume médio previsto para março era de 197,5 mm e choveu 218,9 milímetros, 10,8% acima do esperado. Na Central, 5,1% a mais, e no Agreste, 13% acima do previsto. Para a região Leste estavam sendo esperados 166,9 mm e choveu 151,7, queda de (-9,1), segundo a Emparn. No Litoral Leste e na região Agreste o período chuvoso começa em abril.
Os dados atualizados, da empresa de pesquisa, mostram ainda que 11 municípios já atingiram volume de chuva em que o inverno é considerado normal. É o caso de Janduís, no Médio Oeste. De 1º de janeiro até 02 de abril, o acumulado no município é de 758,7 milímetros. A faixa de ‘inverno normal’ varia de município para município. A de Janduís vai de 602,3 mm até 885,9 mm. Acima desse volume o ano é considerado ‘chuvoso’. Se ultrapassar os 1.115,7, a condição é de ‘muito chuvoso’.
Com a intensificação das chuvas nos últimos dias, os três maiores reservatórios do Rio Grande do Norte começaram a tomar água. Entre 29 de março e 03 de abril, entraram na Barragem Armando Ribeiro Gonçalves 35,7 milhões de metros cúbicos; na Santa Cruz de Apodi 3,7 milhões e na Umari (Upanema), 18,3 milhões. Cinco reservatórios de pequeno porte, monitorados pelo governo, atingiram os 100% de capacidade. São eles: Encanto, Pataxó, Riacho de Cruz II, Beldroega e Mendubim que começou a sangrar na madrugada desta quinta-feira, 04 de abril.
Os reservatórios abastecidos pelas duas grandes bacias hidrográficas no semiárido, Piranhas/Açu e Apodi/Mossoró, acumulam, neste início de abril, um bilhão de metros cúbicos de água, ou um trilhão de litros. Para as próximas semanas, os mapas meteorológicos mostram boa concentração de chuvas sobre o Nordeste brasileiro atingindo também o Rio Grande do Norte. Nos dois períodos observa-se a presença da Zona de Convergência Intertropical atuando sobre a região Nordeste e com previsão de que ocorram chuvas acumuladas acima de 150 mm nos próximos 15 dias.
Entre 1º de janeiro e 03 de abril choveu 856,1 milímetros em Martins. Na sequencia aparecem Janduís (758,7); João Dias (676,8); Timbaúba dos Batistas (665); Baraúna (654,2); Extremoz (612,8); Rodolfo Fernandes (606,8); Campo Grande (598,4); Natal – UFRN (592,7); Serra Negra do Norte (580,2); Paraú (576,7); Major Sales (571,9); Tenente Ananias (571,3); e São Vicente (564).
Dados do pluviômetro da Rádio Princesa FM dá conta que em Assú de janeiro a abril choveu 520 milímetros. No mesmo período do ano passado o volume acumulado foi de 455.

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