Divulgação
A análise das chuvas ocorridas no mês de maio de 2019,
divulgada hoje pela Gerência de Meteorologia da Empresa de Pesquisa
Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), registra que neste ano, maio
apresentou um melhor comportamento quando comparado com o mesmo mês dos últimos
anos. No entanto, neste ano o cenário apresenta um desvio negativo de -12,5% em
relação a sua climatologia. O sistema meteorológico Zona de Convergência
Intertropical (ZCIT) influenciado pelas boas condições térmico/dinâmicas das
águas superficiais do Oceano Atlântico Sul e atrapalhado pelo Fenômeno El Niño,
foi o responsável pela ocorrência das chuvas no Estado, destaca Gerente de
Meteorologia, Gilmar Bristot. A intensificação do fenômeno El Niño (Oceano
Pacífico), ocorrida durante o final de março e início de abril, causou
bloqueios atmosféricos parciais sobre a Região Nordeste que prejudicaram a
ocorrência de chuvas de maneira normal. A influência do fenômeno El Niño
comprometeu a ocorrência de chuvas no Rio Grande do Norte principalmente na
Região Oeste, exceto na Serra de Martins, grandes áreas da Região Central, com
exceção em alguns municípios do Seridó e Serra de Santana, a Região do Agreste
exceto alguns municípios da Baixa Verde e Agreste e no Litoral Leste, atingindo
principalmente o Litoral Sul.
Os maiores índices acumulados em maio ocorreram no
Litoral Leste, enquanto que a Região Oeste apresentou os maiores desvios
negativos (-24,8%). No Estado como um todo, eram esperados valores acumulados
próximos de 108,7mm e a chuva observada ficou em 95,2 mm, resultando um desvio
percentual negativo de -12,5%. A média climatológica utilizada no levantamento
refere-se aos Postos Pluviométricos com mais de 30 anos de dados no período de
1963 a 2007.
No mês de junho, lembra o meteorologista da EMPARN, “tem-se o início do período seco no interior
do Estado, devido ao afastamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).
As chuvas mais significativas ficam restritas as regiões Leste e Agreste,
ocasionadas pelos sistemas meteorológicos de origem oceânicos pulsos de leste e
sistemas de brisa”. As atuais condições oceânicas/atmosféricas mostram um
enfraquecimento do Fenômeno El Niño no Oceano Pacífico e com tendência de
normalidade para os próximos meses.
Esse comportamento, El Niño fraco no oceano Pacífico,
associado a uma melhora nos campos da pressão atmosférica e vento na superfície
do Oceano Atlântico Sul, indicam que as chuvas deverão normalizar durante a
segunda quinzena do mês de junho, com índices pluviométricos que deverão variar
entre 30 milímetros (mm) a 50 mm no interior, de 50 a 150 mm no Agreste e de
150 a 250 mm no Litoral Leste.
Fonte: Emparn
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