A Subcoordenadoria de Vigilância Ambiental (Suvam) da
Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) atualizou os dados sobre a
ocorrência de casos de raiva animal do Rio Grande do Norte em 2019. Até 11 de
junho foram confirmados 31 animais com a doença, sendo 29 morcegos, um boi e
uma raposa. Os casos foram registrados em 13 municípios, sendo que os de maior
ocorrência foram Parnamirim (06), Santo Antônio (05), Caicó (04), Mossoró (04)
e Macaíba (03). Durante todo o ano de 2018 foram registrados 35 morcegos
positivos para raiva no RN, o que justifica a preocupação com esses animais e a
necessidade de conscientização da população sobre o perigo que a doença
representa. Em caso de infecção no ser humano, a doença causa a morte em quase
100% dos casos. O último caso de raiva humana registrado no RN foi em 2010, no
município de Frutuoso Gomes, neste caso sendo o morcego o animal transmissor da
doença.
“Os morcegos
identificados com raiva no Rio Grande do Norte são sobretudo de áreas urbanas.
Fato que aumenta ainda mais a nossa preocupação em decorrência da densidade
populacional nas cidades. Das espécies identificadas predomina o Molossus
molossus, morcego que tem o hábito de se alimentar de insetos. Segundo a
literatura, esses animais estão muito bem adaptados ao meio urbano”,
explicou Alene Castro, veterinária da equipe do Programa de Controle da Raiva
da Sesap.
É importante lembrar a importância do registro pelas
secretarias municipais de saúde, pois há no estado 51 municípios considerados
silenciosos na vigilância da raiva, ou seja, não notificaram nenhum atendimento
antirrábico por ocorrência com morcego, nem amostra de morcego suspeito de
raiva, nos últimos cinco anos. O número representa 30% dos municípios do estado
nesta situação.
Por isso a Sesap solicita aos municípios que, através da
integração entre os profissionais de saúde da assistência e os profissionais
das vigilâncias, a investigação na área de ocorrência de acidentes envolvendo
morcego seja realizada mais prontamente e que aumente o número de envio de
amostras de quirópteros suspeitos de raiva. Além disso, a Secretaria sugere que
o tema “Raiva e a prevenção dessa doença” seja incluído nas ações do Programa
Saúde nas Escolas, para conscientização das crianças quanto às formas de prevenção.
Prevenção
A equipe de Vigilância Ambiental da Sesap vem
desenvolvendo ações de capacitação e conscientização em torno da prevenção dos
casos de raiva com coordenadores de endemias e vigilância epidemiológica das
regionais de saúde e alguns municípios da Grande Natal, com o objetivo de
capacitar estes profissionais como multiplicadores dos conhecimentos para os
agentes de combate às endemias e agentes de saúde dos municípios.
Orientações
A raiva é transmitida pela saliva do animal infectado –
principalmente, cão e gato, ou de animais silvestres, como morcego e sagui -
através da pele ou mucosas, seja por mordedura, arranhadura ou lambedura. A
principal forma de prevenção é a vacinação de animais domésticos e de pessoas
que foram expostas ao risco.
A orientação da Sesap é para que as vítimas de mordeduras
lavem o local com água corrente e sabão e procurem imediatamente a unidade de
saúde mais próxima. O vírus rábico é muito sensível a agentes externos e ao
lavar o ferimento com água corrente e sabão, ou outro detergente, isso diminui,
comprovadamente, o risco de infecção.
O Programa de Controla da Raiva disponibiliza, no site da
Sesap (www.saude.rn.gov.br) informações e orientações sobre a doença no Rio
Grande do Norte.
Fonte: Sesap/RN
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