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A morte de dez jogadores das
categorias de base do Flamengo, nesta sexta-feira, dia 08 de fevereiro, no Rio,
é a última de uma sequência de tragédias ocorridas no País e que poderiam ser
evitadas. Em
2013, o incêndio na boate Kiss,
em Santa Maria (RS), deixou 242 mortos e 680 feridos – a grande maioria
universitários. Em 2015, o rompimento da barragem da Samarco destruiu o
distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG),
matando 19 pessoas e desabrigando 1,2 mil. Em 2018, no centro da capital
paulista, o prédio Wilton
Pais de Almeida desabou e matou sete sem-teto
que moravam no local. Ainda em 2018, outro incêndio, desta vez no Museu Nacional, no
Rio. Não houve mortos nem feridos, mas o desastre
acabou com o mais importante acervo da ciência do País. Neste ano, há duas
semanas, outra barragem se rompeu,
agora da mineradora Vale, em Brumadinho. Mais de 155
corpos foram encontrados e mais de cem ainda estão desaparecidos. No
caso do incêndio no Flamengo, a área do alojamento que pegou fogo chegou a ser
interditada pela prefeitura em 2017, por falta de alvará. Segundo a gestão
municipal, o local foi lacrado após a emissão de “quase 30 multas”. Para o comandante do Corpo de Bombeiros, Roberto
Robadey, o alojamento era um “puxadinho”.
A principal suspeita é que o fogo tenha começado após curto-circuito no
ar-condicionado. A
sequência de tragédias desencadeou manifestação da procuradora-geral da
República, Raquel Dodge.
“Estamos vendo uma sucessão de fatos e desastres evitáveis, preveníveis e precisamos estar atentos a eles para que as instituições de controle, fiscalização e punição realmente funcionem no Brasil”.
Para Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o ponto central é que não temos uma democracia consolidada.
“A responsabilidade é a base da democracia moderna. Aqui isso não existe, todo mundo acha que pode fazer o que quiser porque não vai pagar por isso, tanto a sociedade quanto as autoridades”.
Conteúdo Estadão
“Estamos vendo uma sucessão de fatos e desastres evitáveis, preveníveis e precisamos estar atentos a eles para que as instituições de controle, fiscalização e punição realmente funcionem no Brasil”.
Para Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o ponto central é que não temos uma democracia consolidada.
“A responsabilidade é a base da democracia moderna. Aqui isso não existe, todo mundo acha que pode fazer o que quiser porque não vai pagar por isso, tanto a sociedade quanto as autoridades”.
Conteúdo Estadão
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