No estado do Rio Grande do
Norte, 77 mil crianças de um ano a menores de cinco precisam buscar os postos
de saúde para receber a vacina contra a pólio e sarampo. Até esta quarta-feira
(22), cerca de 59,2% do público-alvo do estado recebeu a vacina contra essas
doenças. A Campanha Nacional Contra a
Poliomielite e Sarampo está na reta final. Em todo o país, cinco milhões de
crianças ainda precisam ser vacinadas. A última atualização dos estados aponta
que 56% das crianças do país já receberam proteção contra as doenças. No total,
12,5 milhões de doses das vacinas foram aplicadas contra a pólio e sarampo
(cerca de 6,2 milhões de cada). A meta do Ministério da Saúde é vacinar pelo
menos 95% das 11,2 milhões de crianças independente da situação vacinal delas e
criar uma barreira sanitária de proteção da população brasileira.
“O prazo para término da campanha está se aproximando, é 31 de agosto.
Convocamos pais e responsáveis a levarem as crianças que ainda não foram
vacinadas, independente da situação vacinal anterior, já que neste ano a
campanha é indiscriminada. O esforço do país é impedir que doenças já
eliminadas não retornem o Brasil. Esse é um trabalho de toda a sociedade”,
ressalta o ministro da Saúde, Gilberto Occhi.
Para a poliomielite, as
crianças que ainda não tomaram nenhuma dose da vacina na vida serão vacinadas
com a Vacina Inativada Poliomielite (VIP). As crianças que já tiverem tomado
uma ou mais doses receberão a gotinha (Vacina Oral Poliomielite - VOP). Em
relação ao sarampo, todas as crianças devem receber uma dose da vacina tríplice
viral, independente da situação vacinal. A exceção é para as que tenham sido
vacinadas nos últimos trinta dias, que não necessitam de uma nova dose. Entre
os estados com menor cobertura, estão o Rio de Janeiro, com 36,27% do
público-alvo vacinado para pólio e 37,62% para sarampo, e Pará, que tem 41,04%
pólio e 41,04% sarampo. Os estados que estão com as melhores coberturas
vacinais são: Rondônia, com 88,89% para a pólio e 87,42% para o sarampo,
seguido por Amapá com 82,74% pólio e 82,58% sarampo. O Ministério da Saúde
oferta todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ao todo, são 19 para combater mais de 20 doenças, em todas as faixas etárias.
Por ano, são cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos distribuídos em
todo o país. Atualmente, o país enfrenta dois surtos de sarampo, em Roraima e
Amazonas. Até o dia 21 de agosto, foram confirmados 1.087 casos de sarampo no
Amazonas, e 6.693 permanecem em investigação. Já o estado de Roraima confirmou
300 casos da doença e 67 continuam em investigação. Entre os confirmados, 9
casos foram atendidos no Brasil e estão recebendo tratamento, mas residem na
Venezuela. Os surtos estão relacionados à importação, já que o genótipo do
vírus (D8) que está circulando no país é o mesmo que circula na Venezuela, país
que enfrenta um surto da doença desde 2017.
Alguns casos isolados e relacionados à importação foram identificados
nos estados de São Paulo (2), Rio de Janeiro (18); Rio Grande do Sul (16);
Rondônia (1), Pernambuco (2) e Pará (2).
O Ministério da Saúde
permanece acompanhando a situação e prestando o apoio necessário aos Estados.
Cabe esclarecer que as medidas de bloqueio de vacinação, mesmo em casos
suspeitos, estão sendo realizadas em todos os estados. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), os casos de sarampo chegaram a um número recorde na
Europa. Os dados, divulgados pela organização nesta segunda-feira (20/08),
apontam que mais de 41 mil crianças e adultos na Região Europeia foram
infectados com sarampo nos primeiros seis meses de 2018. O número total de
casos para esse período excede os 12 meses reportados em todos os outros anos
desta década.
Desde 2010, o ano de 2017
foi o que teve o maior número de casos: 23.927. Em 2016, registrou-se a menor
quantidade: 5.273. Além disso, pelo menos 37 pessoas morreram devido à doença
neste ano. Sete países da região tiveram mais de uns mil casos neste ano (França,
Geórgia, Grécia, Itália, Rússia, Sérvia e Ucrânia). A Ucrânia foi a mais
atingida com mais de 23 mil pessoas afetas, o que representa mais da metade da
população do país. Para mais informações, acesse as páginas especializadas
sobre sarampo, poliomielite e vacinação em geral no portal do Ministério da
Saúde.
Fonte: Ministério da Saúde
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