quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Zika ainda é risco para grávidas no país, sobretudo em áreas pobres

Reprodução
Apesar da queda no número de casos e do fim da epidemia declarada em maio do ano passado, a zika continua sendo uma preocupação para grávidas no país, segundo o infectologista Artur Timermann, presidente da Sociedade Brasileira de Arborivores (SBA).
O risco da zika existe, só não é possível dimensioná-lo com precisão porque existe uma lacuna no Brasil em relação ao diagnóstico da doença. Não sabemos qual a real magnitude do problema. Fala-se que o diagnóstico é clínico, mas não é. Ninguém consegue, apenas observando um paciente, afirmar se ele tem zika, dengue ou chikungunya. É preciso realizar uma sorologia e um teste genético do vírus”, afirma.
O Brasil registra mais de 7 mil casos prováveis da doença – no ano passado foram 17 mil –, sendo 3.155 confirmados, o que corresponde a 42,5% do total, de acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, de outubro.
Já em relação a grávidas, 1.018 declararam ter zika este ano. Entre elas, 383 casos foram confirmados. De 2015, ano do surto no país, até o momento, 3.226 casos de microcefalia associada à zika foram confirmados, de acordo com o Monitoramento integrado de alterações no crescimento e desenvolvimento relacionado à infecção pelo vírus zika e outras etiologias infecciosas do Ministério da Saúde. Em 80% dos casos, a zika não apresenta sintomas e pode passar despercebida, segundo a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Mas a doença é considerada grave em gestantes já que sua associação foi cientificamente comprovada à microcefalia em fetos. De acordo com o infectologista, entre as mulheres que contraem a zika durante a gestação, apenas 30% apresentará malformação fetal, sendo a mais frequente a microcefalia. Ele afirma que a maior probabilidade ocorre quando a zika é adquirida nos primeiros três meses da gestação. A zika também está relacionada à Síndrome de Guillain-Barré. A infeção pode desencadear, em qualquer pessoa que contraia a zika, a doença autoimune que ataca nervos periféricos, causando paralisia dos membros. Geralmente pode ser revertida. As formas severas da zika são raras, mas podem evoluir para morte. No ano passado, houve registro de uma morte no país, em Rondônia. Neste ano, duas pessoas morreram, sendo uma em Alagoas e outra na Paraíba. A OMS (Organização Mundial da Saúde) mantém o alerta da doença a gestantes no Brasil e afirma que qualquer país que contenha Aedes aegypti é considerado de risco.
A forma mais eficaz de precaução é se proteger contra as picadas do mosquito”, informou a agência da ONU.
A notícia é do portal R7.com. Para saber mais basta clicar aqui.

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