Créditos: FAB
O cenário de guerra convencional já começou a ser
treinado na CRUZEX 2018. A primeira Composite Air Operation (COMAO), traduzida
na doutrina brasileira como Missão Aérea Composta, compreendeu o voo de 59
aeronaves pertencentes a distintas aviações, envolvendo todos os países que
estão participando do exercício com meios aéreos. O primeiro Mission Commander, ou seja, o
piloto responsável por planejar e coordenar toda a missão, foi o Major Felipe
Scheer, do Esquadrão Poker (1º/10º GAV). Ele explica que a complexidade desse
tipo de ação é a necessidade de alinhar ações entre doutrinas distintas, que
variam de acordo com o país e o tipo de aeronave operada, com o intuito de
cumprir um objetivo comum. Ele cita também o fato de que cada avião possui
perfis de voo, velocidades e performances distintas e tudo isso precisa ser
levado em consideração.
“A responsabilidade
e a complexidade de uma missão aumentam à medida que aumentam o tipo e número
de aeronaves envolvidas”, disse.
Após receber um documento chamado Ordem de Tarefa Aérea,
onde constam todas as ações a serem executadas por cada player do COMAO, o
Mission Commander tem apenas 24h para fazer a coordenação e realizar a primeira
decolagem. Nesse ínterim, são duas reuniões - o initial coordination meeting e
o final coordination meeting - além de
um briefing com todas as tripulações envolvidas, o chamado mass briefing.
No COMAO, dezenas de aeronaves decolam em um curto espaço
de tempo para cumprir ações de Força Aérea complementares, visando a um
objetivo comum. Para se ter uma ideia, no primeiro COMAO da CRUZEX 2018, entre
9h50 e 10h34 decolaram todos os caças - um a cada três minutos. O espaço aéreo
onde o treinamento acontece também é limitado, aumentando a complexidade e
criando a necessidade de desconflitar as rotas.
Nesse cenário, acontece a simulação de um país que
realiza ações ofensivas e outro país que está se defendendo. O grupo da defesa
tem sido composto, na CRUZEX, por um número entre quatro e oito caças e um
reabastecedor. Tão importante quanto o combate em si, é a coordenação entre as
dezenas de aeronaves, com perfis distintos e doutrinas específicas, sempre priorizando
a segurança de voo. No primeiro COMAO da CRUZEX 2018, todos os países que
participam do exercício com aeronaves - Canadá, França, Chile, Uruguai, Estados
Unidos, Peru e Brasil - fizeram suas decolagens. Os caças A-1, A-29, A-4 e A-37
realizaram a missão de ataque; os caças F-16, F-5 e Mirage realizaram a missão
de defesa aérea; a aeronave E-99 fez controle e alarme em voo e posto de
comunicação no ar; os reabastecedores KC-130 e KC-135 fizeram reabastecimento
em voo; os cargueiros C-130, CC-130J, C-105 e C-235 realizaram assalto
aeroterrestre, neste caso, lançamento de carga. A aeronave A-1, equipada com o
poder de reconhecimento, também realizou missão de reconhecimento aéreo, para
analisar os danos causados pelos ataques.
Para fotos e mais informações:
Assessoria de Imprensa | Press Office Cruzex 2018
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