PF cumpre mandados dentro do maior presídio do estado desde às 06h18 — Foto: Marcelo Marques/G1 RR
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira
(27) a operação Érepo depois que uma organização criminosa que atua dentro e
fora da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo foi responsável por uma série de
ataques incendiários no estado em julho deste ano. A ação tem 45 mandados de
prisão preventiva e quatro de busca e apreensão. Desses, 32 são cumpridos na
Penitenciária Agrícola, maior presídio do estado, e quatro em Mossoró, no Rio
Grande do Norte. Com as investigações, iniciadas ainda em 2017, a PF
identificou e mapeou a estrutura da organização criminosa em Roraima,
monitorando as principais lideranças que agiam no estado. Segundo a PF, a
apuração levantada no inquérito permitiu a identificação dos mentores
responsáveis pelos diversos atentados que ocorreram em Roraima entre 29 e 31 de
julho deste ano, além do cometimento de outros crimes, principalmente o próprio
crime de participação em organização criminosa, o tráfico de drogas e a associação
para o tráfico. No período foram coordenados ataques a diversos órgãos públicos
e empreendimentos particulares em vários municípios do estado, inclusive a uma
delegacia de polícia e a um destacamento da PM, além de bancos e outros. As
ordens para os atentados partiram de dentro da Penitenciária Agrícola de Monte
Cristo, maior penitenciária de Roraima, e foram dadas após a autorização do
responsável pela organização no estado, que se encontrava preso no Presídio Estadual
de Piraquara, no Paraná. O monitoramento dos líderes na região permitiu, ainda,
que a PF, em parceria com outros órgãos de segurança pública do estado – a PM e
a Divisão de Inteligência e Captura da Secretaria de Justiça de Roraima –
impedisse o acontecimento de outros atentados planejados pelos investigados,
destacando-se o incêndio do pátio onde ficam os ônibus de transporte coletivo
de Boa Vista e a destruição dos veículos e maquinários envolvidos com a coleta
e o processamento de lixo do estado. Foi impedida, ainda segundo a PF, uma fuga
em massa da Penitenciária Agrícola programada para 29 de julho deste ano. A
operação conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate a
Organizações Criminosas (GAECO) do Ministério Público do Estado de Roraima, do
Departamento Penitenciário Nacional, da Divisão de Inteligência e Captura e de
Agentes Penitenciários da Secretaria de Justiça e Cidadania de Roraima.
Fonte: G1 Roraima
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