Foi creditado nas contas das prefeituras brasileiras o
repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) referente ao 1º decêndio
do mês. O valor é de R$ 3.443.137.726,95, já descontada a retenção do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (Fundeb). Em valores brutos, incluindo o Fundeb, o
montante é de R$ 4.303.922.158,69. O valor inclui parte dos valores referentes
à Classificação por Estimativa de Imposto de Renda (IR) e Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI). Mas não há como mensurar o valor acrescido no
FPM. De acordo com os dados da Secretária do Tesouro Nacional (STN), o primeiro
decêndio de junho de 2018, comparado com mesmo decêndio de 2017, apresentou
crescimento de 36,21% em termos nominais, ou seja, comparando os valores sem
considerar os efeitos da inflação. Considerando o comportamento da inflação,
observa-se que o FPM acumulado do ano de 2018 cresce 7,86% em relação ao mesmo
período do ano anterior. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca
que, apesar do cenário positivo, os gestores municipais devem manter cautela em
suas gestões e ficar atentos ao gerir os recursos municipais. A orientação se
deve ao crescimento atípico desse primeiro decêndio, que ocorreu em razão da
classificação por estimativa.
Repasse extra
Além disso, a STN divulgou, em Comunicado Extraordinário
de 07 de junho, que os Municípios também irão receber um repasse extra de FPM
no valor de R$ 3.349.318,62, já descontada a retenção do FUNDEB. Em valores
brutos, este repasse corresponde a R$ 4.186.648,28 referentes à classificação
por estimativa. O depósito também foi feito nesta última sexta-feira, 08 de
junho. Os valores citados correspondem a um saldo residual de classificação por
estimativa do IR e do IPI. Este repasse ocorre separadamente porque a Receita
Federal tem um programa que parcela as dívidas de vários impostos. Quando a
pessoa jurídica ou até mesmo a pessoa física efetua o pagamento da guia de
pagamento do REFIS, a Receita Federal do Brasil (RFB) classifica por estimativa
a quantia de cada imposto que foi recolhida, separando o que é IR e IPI e
efetua os repasses correspondentes ao FPM. Esse repasse extra é uma conquista
da CNM. A Entidade há algum tempo vem lutando, junto à RFB, para que a
classificação dos refinanciamentos dos tributos seja mais clara e para que haja
uma periodicidade na divulgação dos repasses.
Fonte: Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
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